Mulher que morreu queimada pelo companheiro é sepultada em Pouso Alegre

Edna Angélica Paixão morreu no hospital, após quatro dias internada com 80% do corpo queimado. Companheiro que jogou combustível e fogo nela está preso.

Nayara Andery / 08 setembro 2025

Imagem reprodução Cemitério Jardim do Céu.

Edna Angélica Paixão, de 33 anos, foi sepultada em Pouso Alegre após ficar quatro dias internada com 80% do corpo queimado. O enterro aconteceu em 5 de setembro, no Cemitério Jardim do Céu. O companheiro dela, de 40 anos, foi preso por tentativa de feminicídio, na noite do crime (1º/9).

A tentativa de feminicídio aconteceu em uma rua perto do Rio Mandu, perto de 23h. Edna chegou na casa de familiares com o corpo queimado, pedindo socorro.

Ela contou à Polícia Militar que o companheiro jogou gasolina no corpo dela e ateou fogo. Samu e bombeiros fizeram o atendimento inicial no local.

O estado de saúde dela era tão grave, que o Samu não conseguiu medir os sinais vitais devido às perda de pele gerada pelas queimaduras. Bombeiros confirmaram que ela teve queimaduras de 1º a 3º graus.

Ela foi levada para o Hospital das Clínicas Samuel Libânio, em Pouso Alegre. A PM recebeu informação que o crime foi motivado por ciúmes e envolvimento com drogas.

Edna citou no dia da ocorrência, que outras pessoas estavam junto com o companheiro dela quando ele cometeu do crime. Segundo a PM, essas pessoas não foram encontradas.

O rastreamento da PM encontrou e prendeu o agressor perto do rio Mandu, na região da rua Maria Divina Soares. Ele foi levado para a Delegacia de Polícia Civil, inicialmente por tentativa de feminicídio.

A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil para saber sobre a investigação. Em nota, a PCMG cita que concluiu o inquérito policial que apurou a tentativa de feminicídio.

“O procedimento foi finalizado e encaminhado ao Poder Judiciário ainda enquanto a vítima estava viva, com indiciamento do investigado por tentativa de feminicídio.

Com o falecimento da vítima, caberá agora ao Ministério Público avaliar a reclassificação do crime para feminicídio consumado.”

Casos de violência doméstica devem ser denunciados pelo 190 da Polícia Militar ou pelo 181 Disque Denúncia. A denúncia pode ajudar a salvar vidas.

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