Detento resgatado durante velório por homens armados é recapturado após 115 dias

José Henrique dos Santos Ramos, conhecido por "Zezinho", estava acompanhando por dois funcionários da Apac de Pouso Alegre/MG quando foi resgatado por dois homens armados. Ele foi preso em Piracicaba/SP.

Iago Almeida / 18 agosto 2025

Fuga de detento em velório de Divisa Nova aconteceu no dia 24 de abril / Imagem Diário Independente.

A Polícia Militar recapturou José Henrique dos Santos Ramos, conhecido por “Zezinho”, de 33 anos, quase quatro meses depois do detento escapar de uma equipe da APAC, durante um velório no Sul de Minas. Ele foi localizado em Piracicaba, em São Paulo, na noite da última sexta-feira (15/8).

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Segundo a PM de SP, o homem apresentou documento falso durante a abordagem e a fraude foi constatada pelas equipes policiais. Por ser considerado foragido da Justiça, o homem foi levado ao Plantão Policial de Piracicaba e, depois, retornou ao sistema prisional.

Mais de 60 anos de prisão

Zezinho é condenado há mais de 60 anos de prisão por crimes como homicídio, sequestro, cárcere privado, tráfico de drogas e associação. Ele era procurado desde abril, quando foi resgatado por dois homens armados durante o velório da avó da companheira dele, no dia 24 de abril de 2025, em Divisa Nova/MG.

Imagens de câmeras de segurança registraram a ação no dia do velório. A imagem foi cedida ao Terra do Mandu pelo Diário Independente. O detento estava acompanhando por dois funcionários da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac), de Pouso Alegre/MG.

O trio estava no local há cerca de 15 minutos, quando foi surpreendido por dois homens armados. Os dois criminosos portavam um revólver calibre 38 e uma pistola prateada. Eles renderam os acompanhantes e ordenaram que eles deitassem no chão, levando o detento “Zezinho”.

Representantes da Apac informaram que desconheciam qualquer envolvimento do detento com organizações criminosas ou histórico de periculosidade. Eles também reforçaram, na época, que os funcionários da instituição não fazem uso de armas em suas diligências, conforme os princípios de metodologia da associação. A PM não tinha sido avisada.

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