‘Vou jogar ela da janela’: Madrasta faz ameaças para criança de 7 anos em áudio enviado para mãe
Caso foi parar na polícia e mãe procurou o Conselho Tutelar. Advogada da madrasta diz que caso foi isolado e que a mulher se arrependeu e segue fazendo tratamento médico e psicológico
Um vídeo divulgado nas redes sociais por uma mãe mostra palavras de ameaça em um áudio contra a filha, de apenas 7 anos. O áudio teria sido gravado pela madrasta da criança, uma mulher de 28 anos. O caso foi parar na Polícia Civil, Conselho Tutelar e mais órgãos.
O áudio foi gravado e enviado para a mãe da menina em março deste ano. O caso veio a tona após a mãe ir às redes sociais nesta semana, pedir ajuda para evitar que a filha tenha contato com a madrasta novamente, por medo e receio de que algo pior possa acontecer.
“Não deixe essa sua filhinha ridícula vim aqui na minha casa mais não, tá? Manda ela pra cá só no sábado e domingo, porque esse menina chata da por**, menina chata, ela é chata, chata, chata. Eu sempre quis dizer isso, ela é chata e insuportável. Eu tenho vontade, sabe do que? De jogar ela da janela. Cuidado, tá? Se não sai na ‘Tribuna’, garotinha caiu da janela. Ai, ai (risos) garotinha caiu da janela e eu ainda vou chorar lá no velório dela. Depois eu vou virar pra você e falar assim ó, eu que matei, matei sua filhinha, seu tesouro, menina feia, nojenta, mimada, credo”, diz a madrasta no áudio.
O choro ao fundo do áudio é da mãe. É de desespero, de agonia, de tristeza. A madrasta teria mandado um áudio em visualização única para a mulher, mas a mãe gravou de outro aparelho este áudio e procurou ajuda. Primeiro, ela registrou um boletim de ocorrências na Polícia Civil e depois foi encaminhada para a Delegacia da Mulher, na Polícia Civil.
Durante entrevista ao Terra do Mandu, a mãe citou a nossa equipe o caso nacionalmente conhecido, quando Isabella Nardoni foi jogada da janela do sexto andar de um prédio, ainda criança, aos 5 anos, pela própria madrasta. Isso aconteceu em 2008, mas para a mãe, as cenas foram revividas após as ameaças sofridas contra a filha, de apenas sete anos.
A mãe cita que foi pega de surpresa, pois a filha e a madrasta tinham, até então, um bom relacionamento. Ela conta que está separada do pai da menina há cinco anos, e que há pelo menos quatro anos, a filha e a madrasta conviveram bem. A madrasta ainda te uma filha de dois anos, que é irmã da menina ameaçada, por parte de pai.
A família mora em Pouso Alegre, no Sul de Minas, onde a mãe trabalha como monitora educacional em uma creche/escola. Agora, a mulher diz que busca por justiça, para que a madrasta pague pelas ameaças que proferiu. Para a mãe, tudo que a madrasta disse, doeu, mas foi tudo muito bem pensado.
O Terra do Mandu procurou a Delegacia da Mulher em Pouso Alegre, que disse apenas que há um inquérito em andamento sobre este caso e que em breve ele será concluído e remetido a Justiça.
Conselho Tutelar diz que assegurou proteção às crianças
Também procuramos o Conselho Tutelar, que disse em nota que assim que recebeu a demanda, adotou todas as medidas cabíveis previstas em lei. O caso foi repassado para a Polícia Civil, ao Ministério Público e à rede intersetorial de proteção. O conselho tutelar disse ainda que foi garantida a proteção e segurança também da filha da madrasta, assegurando a proteção de ambas as crianças.
Confira a nota do Conselho Tutelar, na íntegra:
“A Prefeitura de Pouso Alegre, por meio do Conselho Tutelar, informa que, em março deste ano, foi acionado para apuração de um caso envolvendo uma criança no município. Assim que recebeu a demanda, o Conselho Tutelar adotou todas as medidas cabíveis previstas em lei, requisitando através de suas atribuições os serviços necessários encaminhando o caso à Polícia Civil, ao Ministério Público e à rede intersetorial de proteção. Importante ressaltar que como parte das providências, também foi garantida a proteção e segurança da filha da madrasta, assegurando desta forma a proteção de ambas as crianças. Reforçamos que todas as providências legais foram rigorosamente cumpridas pelo Conselho Tutelar, seguindo o Estatuto da Criança e do Adolescente e os protocolos de proteção à infância”
Advogada de defesa diz que madrasta se arrependeu e está em tratamento
A reportagem conversou com a advogada de defesa da madrasta, que não quis identificar seu nome na matéria. Ela chamou o caso de lamentável episódio e diz que foi um ato isolado, consequência de uma grave crise de saúde que resultou na internação da madrasta em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por 13 dias. A advogada cita esgotamento físico e mental sofrido pela cliente, que teve quadro de estresse agravado pela perda de um irmão, e que a mulher se arrepende do ocorrido e está em tratamento médico e psicológico desde então.
Confira a nota da advogada de defesa na íntegra:
“Em resposta ao contato deste veículo de comunicação, a defesa da madrasta e do genitor, partes envolvidas nos fatos ocorridos em março do presente ano, esclarece que o lamentável episódio foi um ato isolado, consequência de uma grave crise de saúde que resultou na internação da madrasta em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por 13 dias.
É fundamental contextualizar que o esgotamento físico e mental sofrido pela cliente foi agravado por uma rotina de sobrecarga, que incluía seus próprios afazeres domésticos, profissionais e o cuidado com sua filha pequena. Tal quadro de estresse foi intensificado pela recente perda de um irmão, uma tragédia familiar que a abalou profundamente.
A madrasta se arrepende do ocorrido e está em tratamento médico e psicológico desde então. A medida protetiva da época foi integralmente cumprida e já se encerrou sem qualquer novo incidente, o que comprova o caráter pontual do fato.
Todos os fatos já estão sendo devidamente tratados na esfera judicial, motivo pelo qual a exposição do caso em redes sociais é vista como desnecessária e prejudicial a todos os envolvidos, em especial às crianças. A família busca a superação deste capítulo em âmbito privado e solicita o devido respeito à sua privacidade neste momento de reestruturação”
Advogada de acusação diz que criança está sendo preservada
Também por meio de nota, a advogada da mãe da criança citou que o caso foi divulgado pela cliente em um momento de angústia, por ser mãe e querer a todo custo preservar a integridade física da filha. Ela citou que os fatos estão sendo devidamente apurados e tratados pelas vias legais competentes, e que todas as medidas judiciais cabíveis já foram adotadas, visando a proteção integral da criança. A advogada reiterou na nota que a menor está sendo preservada de qualquer exposição ou situação que possa comprometer seu bem-estar físico, psicológico e emocional.
Confira a nota da advogada de acusação na íntegra:
“Na qualidade de advogada constituída pela senhora Luciana, venho, por meio deste veículo de comunicação, esclarecer que os fatos recentemente divulgados pela minha cliente, em momento de angústia por ser mãe e querer a todo custo preservar a integridade física da filha, estão sendo devidamente apurados e tratados pelas vias legais competentes.
Todas as medidas judiciais cabíveis já foram adotadas, visando a proteção integral da criança, em estrita observância ao que dispõe o Estatuto da Criança e do Adolescente e demais normas aplicáveis. Reiteramos que a menor está sendo preservada de qualquer exposição ou situação que possa comprometer seu bem-estar físico, psicológico e emocional.
Por se tratar de assunto sensível e que envolve interesse de menor, não serão fornecidos detalhes adicionais que envolvem processos, preservando-se, assim, a intimidade e a dignidade de todos os envolvidos”.
Um vídeo divulgado nas redes sociais por uma mãe mostra palavras de ameaça em um áudio contra a filha, de apenas 7 anos. O áudio teria sido gravado pela madrasta da criança, uma mulher de 28 anos. O caso foi parar na Polícia Civil, Conselho Tutelar e mais órgãos.
O áudio foi gravado e enviado para a mãe da menina em março deste ano. O caso veio a tona após a mãe ir às redes sociais nesta semana, pedir ajuda para evitar que a filha tenha contato com a madrasta novamente, por medo e receio de que algo pior possa acontecer.
“Não deixe essa sua filhinha ridícula vim aqui na minha casa mais não, tá? Manda ela pra cá só no sábado e domingo, porque esse menina chata da por**, menina chata, ela é chata, chata, chata. Eu sempre quis dizer isso, ela é chata e insuportável. Eu tenho vontade, sabe do que? De jogar ela da janela. Cuidado, tá? Se não sai na ‘Tribuna’, garotinha caiu da janela. Ai, ai (risos) garotinha caiu da janela e eu ainda vou chorar lá no velório dela. Depois eu vou virar pra você e falar assim ó, eu que matei, matei sua filhinha, seu tesouro, menina feia, nojenta, mimada, credo”, diz a madrasta no áudio.
O choro ao fundo do áudio é da mãe. É de desespero, de agonia, de tristeza. A madrasta teria mandado um áudio em visualização única para a mulher, mas a mãe gravou de outro aparelho este áudio e procurou ajuda. Primeiro, ela registrou um boletim de ocorrências na Polícia Civil e depois foi encaminhada para a Delegacia da Mulher, na Polícia Civil.
Durante entrevista ao Terra do Mandu, a mãe citou a nossa equipe o caso nacionalmente conhecido, quando Isabella Nardoni foi jogada da janela do sexto andar de um prédio, ainda criança, aos 5 anos, pela própria madrasta. Isso aconteceu em 2008, mas para a mãe, as cenas foram revividas após as ameaças sofridas contra a filha, de apenas sete anos.
A mãe cita que foi pega de surpresa, pois a filha e a madrasta tinham, até então, um bom relacionamento. Ela conta que está separada do pai da menina há cinco anos, e que há pelo menos quatro anos, a filha e a madrasta conviveram bem. A madrasta ainda te uma filha de dois anos, que é irmã da menina ameaçada, por parte de pai.
A família mora em Pouso Alegre, no Sul de Minas, onde a mãe trabalha como monitora educacional em uma creche/escola. Agora, a mulher diz que busca por justiça, para que a madrasta pague pelas ameaças que proferiu. Para a mãe, tudo que a madrasta disse, doeu, mas foi tudo muito bem pensado.
O Terra do Mandu procurou a Delegacia da Mulher em Pouso Alegre, que disse apenas que há um inquérito em andamento sobre este caso e que em breve ele será concluído e remetido a Justiça.
Conselho Tutelar diz que assegurou proteção às crianças
Também procuramos o Conselho Tutelar, que disse em nota que assim que recebeu a demanda, adotou todas as medidas cabíveis previstas em lei. O caso foi repassado para a Polícia Civil, ao Ministério Público e à rede intersetorial de proteção. O conselho tutelar disse ainda que foi garantida a proteção e segurança também da filha da madrasta, assegurando a proteção de ambas as crianças.
Confira a nota do Conselho Tutelar, na íntegra:
“A Prefeitura de Pouso Alegre, por meio do Conselho Tutelar, informa que, em março deste ano, foi acionado para apuração de um caso envolvendo uma criança no município. Assim que recebeu a demanda, o Conselho Tutelar adotou todas as medidas cabíveis previstas em lei, requisitando através de suas atribuições os serviços necessários encaminhando o caso à Polícia Civil, ao Ministério Público e à rede intersetorial de proteção. Importante ressaltar que como parte das providências, também foi garantida a proteção e segurança da filha da madrasta, assegurando desta forma a proteção de ambas as crianças. Reforçamos que todas as providências legais foram rigorosamente cumpridas pelo Conselho Tutelar, seguindo o Estatuto da Criança e do Adolescente e os protocolos de proteção à infância”
Advogada de defesa diz que madrasta se arrependeu e está em tratamento
A reportagem conversou com a advogada de defesa da madrasta, que não quis identificar seu nome na matéria. Ela chamou o caso de lamentável episódio e diz que foi um ato isolado, consequência de uma grave crise de saúde que resultou na internação da madrasta em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por 13 dias. A advogada cita esgotamento físico e mental sofrido pela cliente, que teve quadro de estresse agravado pela perda de um irmão, e que a mulher se arrepende do ocorrido e está em tratamento médico e psicológico desde então.
Confira a nota da advogada de defesa na íntegra:
“Em resposta ao contato deste veículo de comunicação, a defesa da madrasta e do genitor, partes envolvidas nos fatos ocorridos em março do presente ano, esclarece que o lamentável episódio foi um ato isolado, consequência de uma grave crise de saúde que resultou na internação da madrasta em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por 13 dias.
É fundamental contextualizar que o esgotamento físico e mental sofrido pela cliente foi agravado por uma rotina de sobrecarga, que incluía seus próprios afazeres domésticos, profissionais e o cuidado com sua filha pequena. Tal quadro de estresse foi intensificado pela recente perda de um irmão, uma tragédia familiar que a abalou profundamente.
A madrasta se arrepende do ocorrido e está em tratamento médico e psicológico desde então. A medida protetiva da época foi integralmente cumprida e já se encerrou sem qualquer novo incidente, o que comprova o caráter pontual do fato.
Todos os fatos já estão sendo devidamente tratados na esfera judicial, motivo pelo qual a exposição do caso em redes sociais é vista como desnecessária e prejudicial a todos os envolvidos, em especial às crianças. A família busca a superação deste capítulo em âmbito privado e solicita o devido respeito à sua privacidade neste momento de reestruturação”
Advogada de acusação diz que criança está sendo preservada
Também por meio de nota, a advogada da mãe da criança citou que o caso foi divulgado pela cliente em um momento de angústia, por ser mãe e querer a todo custo preservar a integridade física da filha. Ela citou que os fatos estão sendo devidamente apurados e tratados pelas vias legais competentes, e que todas as medidas judiciais cabíveis já foram adotadas, visando a proteção integral da criança. A advogada reiterou na nota que a menor está sendo preservada de qualquer exposição ou situação que possa comprometer seu bem-estar físico, psicológico e emocional.
Confira a nota da advogada de acusação na íntegra:
“Na qualidade de advogada constituída pela senhora Luciana, venho, por meio deste veículo de comunicação, esclarecer que os fatos recentemente divulgados pela minha cliente, em momento de angústia por ser mãe e querer a todo custo preservar a integridade física da filha, estão sendo devidamente apurados e tratados pelas vias legais competentes.
Todas as medidas judiciais cabíveis já foram adotadas, visando a proteção integral da criança, em estrita observância ao que dispõe o Estatuto da Criança e do Adolescente e demais normas aplicáveis. Reiteramos que a menor está sendo preservada de qualquer exposição ou situação que possa comprometer seu bem-estar físico, psicológico e emocional.
Por se tratar de assunto sensível e que envolve interesse de menor, não serão fornecidos detalhes adicionais que envolvem processos, preservando-se, assim, a intimidade e a dignidade de todos os envolvidos”.
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