
Bombeiros e PM fizeram buscas com cães no aterro sanitário do município / Fotos: Corpo de Bombeiros e redes sociais
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) está investigando a morte da jovem Jeane Rodrigues do Prado, de 25 anos. A balconista foi morta pelo namorado na casa deles, no bairro Cidade Jardim, em Pouso Alegre, no Sul de Minas. A PCMG pediu a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva.
De acordo com a PCMG, a mulher estava grávida de aproximadamente cinco meses. Jeane foi morta com um tiro, na noite 30 para 31 de julho, dentro de casa. Mas o crime só foi descoberto nesta terça-feira (5/8). Ela já tinha um filho de seis anos, de outro relacionamento, que mora com os pais dela, em Espírito Santo do Dourado.
O companheiro dela, Ian Lucas Pereira Rezende, de 23 anos, confessou, na presença do advogado, que Jeane foi morta após um disparo acidental, durante um desentendimento entre o casal. Depois de matar e incinerar o corpo dela, o rapaz colocou partes em sacos plásticos e deixou em pontos diferentes, próximo ao bairro onde o casal morava.
Um dos locais foi esta lagoa, que fica a menos de 1 km da casa do casal, às margens da BR-459, entre os bairros Cidade Jardim e Portal do Ipiranga. No local, os Bombeiros encontraram um saco com restos mortais da jovem, após buscas realizadas nesta quarta-feira. Dois sacos com pedaços de ossos carbonizados, que seriam da vítima, também foram enviados para o IML para análise.
Fotos: Magson Gomes/Terra do Mandu e redes sociais
O homem foi quem indicou o local onde tinha descartado partes do corpo dela. Ian Lucas também informou à polícia que deixou outras partes da vítima em uma lixeira e o material foi recolhido pelo caminhão coletor. Bombeiros e policiais militares também fizeram buscas no aterro sanitário da cidade.
“Imagens de câmeras de segurança também registraram o veículo utilizado pelo suspeito no momento do descarte do material em uma caçamba de lixo. A perícia técnica da Polícia Civil de Minas Gerais esteve no local e realizou os procedimentos necessários”, disse a PCMG.
A Polícia Civil confirmou que há indícios da prática dos crimes de feminicídio e aborto, ambos no contexto de violência doméstica, além do crime de ocultação de cadáver. Por isso, a PC representou pela conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, medida que foi deferida pelo Juízo da Comarca de Pouso Alegre.
“As investigações seguem em andamento para apuração completa dos fatos. A Polícia Civil reafirma o compromisso com o enfrentamento à violência de gênero e destaca que todas as medidas legais cabíveis estão sendo adotadas”, completou a nota da PCMG.
Irmã cobra Justiça
O Terra do Mandu conversou com Jaqueline Rodrigues do Prado, que é irmã de Jeane Rodrigues do Prado. O caso foi descoberto após a irmã, que mora em outra cidade, vir até Pouso Alegre para procurar por Jeane, já que ela não fazia contato com a família. Jaqueline afirma que a irmã não era perfeita, mas nada justifica o crime brutal.