A amplitude térmica em Pouso Alegre foi de 13 graus, nesta terça-feira, com sol e céu limpo. Essa é a diferença entre a temperatura mínima de 8ºC antes de 7h e a máxima de 25ºC registrada às 15h. A variação térmica e o tempo seco trazem problemas de saúde. O Terra do Mandu ouviu as pessoas no Centro da cidade, sobre esse assunto.

Cristina Guimarães, comerciante, sai de casa 5h50, com quatro agasalhos. Cedo “está com muita neblina, muito frio” e devido ao calor da tarde “vou tirando ao longo do dia e termino com uma regata”.

Os sintomas dessa mudança de tempo para ela são garganta sempre arranhando, tosse seca, olho ressecado e coçando. Ela ingere muita água, lava os olhos e nariz com soro e usa colírio com frequência.

Rinite e sinusite atacam nesse período e causam os problemas respiratórios, garganta arranhada e dor de cabeça intensa para a mãe Elaine e a filha Ana Luísa. Elas usam probióticos para reforçar a imunidade e antialérgicos quando necessário.

Varrer as ruas com essa mudança térmica é um desafio enfrentado por vários garis, como Erika Patrícia. Ela começa quando está calor, às 14h e termina no frio das 22h. A garrafa de água é a aliada na hidratação. A poeira das ruas e carros, que parece se intensificar no inverno também afeta a saúde.

“A pele fica seca por causa do pó, da fumaça dos carros. A gente passa um creme e já melhora. Trago a garrafa d’água e encho na Superintendência de Cultura. Não pode faltar, por conta da poluição não pode ficar sem.”

Os cabelos e pele são o que a aposentada Marina Garcia mais sente serem afetados no inverno, devido ao tempo seco. “Tem que cuidar da pele, inclusive o cabelo. Fica áspero, não fica sedoso. As pessoas idosas sentem mais que as mais jovens.”

Ela estava indo comprar um creme corporal justamente por sentir a pele ressacar devido ao clima. Ela disse que cuida muito da parte respiratória e não tem problemas, principalmente mantém as vacinas em dia, como a da gripe.

Quando o tempo seco afeta a saúde de forma atípica ou severa, é preciso procurar um médico, independente da área do corpo afetada. Isso pode evitar que casos de problemas respiratórios se agravem por exemplo, para pneumonias, entre outros quadros.

É preciso ficar atento para o aumento de casos de doenças respiratórias agudas, que são registradas principalmente no inverno. São casos de variações de gripe como a H1N1, Covid e demais semelhantes, que podem levar pacientes mais vulneráveis à evolução do quadro para situações mais graves.