Polícia

Filha é indiciada por matar a própria mãe e tentar carbonizar corpo em Itajubá

A Polícia Civil concluiu inquérito e apontou que acusada queria o dinheiro da mãe, que era viúva de um promotor de justiça.

Magson Gomes / 09 julho 2025

Uma idosa, de 78 anos, foi morta pela própria filha, em Itajubá, Sul de Minas. A conclusão está no inquérito da Polícia Civil, apresentado nesta terça-feira (8/7), durante entrevista coletiva. A filha, de 53 anos, foi indiciada pelos crimes de latrocínio e fraude processual.

Segundo as investigações, a mulher planejou a morte da própria mãe. Ela cometeu o crime no dia 27 de abril deste ano. Porém, ela só informou sobre a morte da mãe sete dias depois, no dia 4 de maio, após voltar de Caraguatatuba (SP). Ela ligou para a polícia e avisou que encontrou a mãe já sem vida, dentro de casa.

No entanto, após as primeiras análises no local, a perícia detectou que a morte havia ocorrido há alguns dias, o corpo já estava em estado avançado de decomposição. E mais, a morte não teria ocorrido de maneira natural.

Os indícios apontavam para crime de latrocínio. A filha foi era a principal suspeita e a prisão preventiva foi pedida pelo delegado Rodrigo Megale Anderi, sendo deferida pela justiça.

Conforme o delegado, com a mulher presa, foi possível colher provas e confirmar que ela planejou o crime para roubar a própria mãe.

A filha matou a mãe asfixiada com clorofórmio (produto químico). Em seguida ainda tentou carbonizar o corpo. Segundo o delegado, ela encharcou lençóis com querosene e colocou debaixo do corpo da mãe, deixando uma vela acesa próximo. A acusada queria que o incêndio iniciasse aos poucos, com a intenção que propagasse por toda a casa enquanto ela já estivesse fora da cidade.

A investigação apontou que a filha fugiu levando R$ 42 mil em dinheiro que a mãe havia sacado dias antes no banco. Ela também levou um talão de cheques da vítima e preencheu uma das folhas com R$ 10 mil, mas não conseguiu descontar no banco por assinatura divergente.

Ainda segundo a Polícia Civil, antes de fugir, a mulher ainda venceu o carro da própria mãe, uma Spin da Chevrolet. O comprador também foi enganado, segundo a polícia.

O inquérito da Polícia Civil foi encaminhado ao Ministério Público, que já ofereceu denúncia contra mulher, que passa ser acusada.

A motivação do crime foi patrimonial. Segundo a investigação, a acusada achava que deveria ser sustentada pela mãe, que era viúva de um promotor de justiça. A idosa tinha outros filhos.

A investigada foi indiciada por latrocínio e fraude processual, ao adotar estratégias para dificultar o trabalho policial e tentar simular um comportamento de inocência diante das autoridades. Ela permanece presa preventivamente e segue à disposição da Justiça.

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