Entretenimento para todas as idades: por que algumas franquias nunca saem de moda
Terra do Mandu / 17 junho 2025
Terra do Mandu / 17 junho 2025
Imagem: reprodução Pixabay pokeball-5128709_1280
Seja nos videogames, no cinema, nas séries ou nas prateleiras de brinquedos, algumas franquias simplesmente nunca envelhecem. Elas resistem ao tempo, às tendências e às gerações. Estamos falando de nomes como Pokémon, Mario, Star Wars, Harry Potter, Marvel e tantos outros que continuam relevantes mesmo décadas após sua estreia.
Mas o que essas franquias têm de tão especial? O que faz com que pais, filhos e até avós compartilhem o mesmo entusiasmo por mundos e personagens criados há tanto tempo? Neste texto, a gente embarca nessa jornada para entender por que certos universos de entretenimento se tornam atemporais – e como eles conseguem continuar encantando públicos de todas as idades.
Uma das principais razões pelas quais algumas franquias nunca saem de moda é a capacidade de equilibrar nostalgia com reinvenção. O público gosta de reconhecer algo familiar, aquele tema musical, aquele personagem querido, aquele estilo visual marcante, mas também quer ser surpreendido.
Pegue Pokémon, por exemplo. Desde que apareceu nos anos 90, a franquia passou por diversas evoluções. Dos gráficos 8-bits aos mundos abertos em 3D, a essência continua ali: capturar monstrinhos, batalhar e explorar. Mas a cada nova geração, os jogos ganham mecânicas diferentes, regiões inéditas e inovações que mantêm o frescor da experiência.
Um ótimo exemplo disso é o jogo Pokémon™ Shield, lançado para o Nintendo Switch. Ele trouxe um universo completamente novo, mecânicas como Dynamax e um ambiente semiaberto que encantou tanto veteranos quanto novatos. O jogo é a prova de que é possível agradar a base de fãs fiel enquanto se atrai um novo público.
Essa estratégia de evoluir sem perder a essência é aplicada com maestria por diversas franquias que parecem não envelhecer nunca.
Outro fator fundamental é a profundidade dos universos dessas franquias. Elas não entregam apenas uma história: entregam um mundo inteiro para o público explorar, seja nas telas ou na imaginação.
Quando você entra no mundo de Harry Potter, por exemplo, não está apenas lendo sobre um menino que vai para uma escola de magia. Você está conhecendo feitiços, casas, criaturas, mapas e toda uma cultura própria que poderia muito bem existir de verdade. O mesmo vale para Star Wars, onde planetas, espécies, organizações e tradições formam um universo tão complexo quanto fascinante.
Franquias que constroem mundos ricos e coesos facilitam o envolvimento emocional do público. A pessoa se apega não só aos personagens, mas ao universo como um todo. E quanto mais há para explorar, mais tempo essa conexão dura.
Um dos grandes trunfos das franquias duradouras é a capacidade de agradar todas as faixas etárias. Os produtos podem até ser pensados para um público específico, como crianças ou jovens, mas de alguma forma também capturam o interesse de adultos.
A Pixar, por exemplo, domina essa arte no cinema: seus filmes têm humor e mensagens acessíveis para os pequenos, mas também emocionam e fazem refletir os mais velhos. O mesmo vale para Mario, que tem uma jogabilidade simples e acessível, mas que também oferece desafios complexos para quem busca se aprofundar nos jogos.
Franquias que respeitam a inteligência do público, independentemente da idade, tendem a permanecer relevantes por muito mais tempo.
Não dá pra falar de longevidade sem citar a memória afetiva. As experiências que vivemos na infância ou juventude costumam ficar gravadas com carinho. E revisitar essas experiências mais tarde – seja jogando o mesmo game, assistindo a um reboot ou apresentando aquilo a alguém querido – gera um impacto emocional forte.
É por isso que ver um novo filme da Marvel, mesmo com personagens diferentes dos da sua adolescência, ainda pode trazer aquela sensação boa. É o mesmo universo, a mesma energia, e de alguma forma, ainda é “seu”.
Isso se aplica também ao reencontro com personagens clássicos. Ver Mario em um novo jogo, por exemplo, pode te transportar imediatamente para os anos 90. É quase como reencontrar um amigo de longa data.
Se tem algo que as franquias duradouras entenderam cedo, é que não dá pra ficar parado. A atualização constante, seja em forma de novos produtos, spin-offs, filmes, séries ou reinterpretações criativas, mantém o público engajado.
Star Wars talvez seja um dos maiores exemplos disso. Depois da trilogia clássica, vieram os prequels, os spin-offs, as animações e, mais recentemente, as séries no Disney+. Cada geração tem sua própria forma de se conectar com esse universo.
Na música pop, isso também acontece. ABBA, por exemplo, voltou ao topo das paradas com um novo álbum depois de 40 anos. A banda combinou nostalgia com modernidade, atraindo tanto os fãs antigos quanto os curiosos da nova geração.
Não podemos esquecer do papel fundamental que o marketing e as redes sociais desempenham na longevidade das franquias. Hoje, o conteúdo vai muito além do produto principal: há memes, vídeos no YouTube, fanarts, jogos mobile, eventos temáticos, lojas oficiais, produtos licenciados, etc.
Essa presença constante mantém o interesse do público ativo. E quando as empresas conseguem criar um ecossistema de entretenimento – com experiências interativas, conteúdos variados e engajamento com os fãs – a franquia vira um estilo de vida.
A Disney, por exemplo, é mestre nisso. Seus parques temáticos, séries no streaming, brinquedos, roupas e campanhas são todos interligados para manter a marca presente no cotidiano das pessoas.
Uma das características mais fascinantes dessas franquias é a forma como elas se tornam um elo entre gerações. Um pai que cresceu jogando Super Mario Bros. pode muito bem apresentar Super Mario Odyssey para o filho e os dois se divertirem juntos. Da mesma forma, quem viu os filmes clássicos de Star Wars nos anos 80 pode assistir The Mandalorian ao lado dos netos.
Essa conexão emocional e familiar reforça a presença das franquias no imaginário coletivo. E como os valores centrais, amizade, coragem, superação, costumam ser universais, as histórias permanecem significativas, não importa a época.
Se o passado e o presente já mostram o poder dessas franquias, como, mais recentemente, do filme Divertida Mente, o futuro promete ainda mais. Com o avanço da tecnologia, a imersão tende a ser cada vez maior. Realidade virtual, inteligência artificial, experiências interativas… tudo isso pode tornar os mundos fictícios ainda mais vivos.
Mas o segredo, no fim das contas, continua o mesmo: contar boas histórias, criar personagens com os quais o público se identifique e oferecer experiências que gerem memórias afetivas. Enquanto as franquias conseguirem fazer isso, seja por meio de um novo filme, um jogo como Pokémon™ Shield ou uma série animada, elas continuarão firmes, geração após geração.
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