A Prefeitura de Boituva (SP) divulgou nota que confirma que o piloto e a empresa, responsáveis pelo balão que caiu neste domingo (15/6) em Capela do Alto, estavam irregulares. A única vítima fatal é Juliana Alves Prado Pereira, de 27 anos, de Pouso Alegre (MG).

No balão estavam 33 turistas e dois funcionários da empresa responsável pelo voo. A queda aconteceu por volta de 7h30. A Guarda Civil Municipal de Capela do Alto encaminhou dez vítimas com ferimentos leves e Juliana, com ferimentos graves, para atendimento médico.

Juliana morreu no hospital. Ela comemorava o dia dos namorados, com o marido. Ele também ficou ferido, mas teve alta e chegou ao velório em seguida que o corpo da esposa chegou a Pouso Alegre, nesta segunda-feira (16/6). O enterro será às 8h desta terça-feira (17/6).

Segundo a nota, “quando um balão operado por piloto sem licença, de empresa irregular, caiu na zona rural de Capela do Alto, ou seja, sem nenhuma relação com o 38º Campeonato Brasileiro de Balonismo em Boituva”.

A empresa responsável foi lacrada anteriormente pela prefeitura, devido a irregularidades e o piloto era reincidente. A prefeitura acrescenta que “em seguida, retornou às atividades sob outro CNPJ, em completo desrespeito às normas de segurança”.

A nota cita que o Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) seguiu para Capela do Alto. “Para realizar a perícia do equipamento apreendido, analisando itens como existência de licença do piloto (que não possuía), seu conhecimento sobre as condições desfavoráveis de voo, tipo de fabricação do balão (industrial ou caseiro) e demais pontos críticos à investigação.”

O piloto foi preso por homicídio culposo, agravado pelo exercício irregular de atividade de risco e por operar equipamento aéreo sem certificação adequada.

Representantes das secretarias municipais de Segurança e de Assuntos Jurídicos, fiscalização municipal, Associação de Balonistas e da Confederação Brasileira de Balonismo se reúnem nesta segunda-feira (16/6). O objetivo é definir medidas administrativas imediatas, incluindo nova lacração da empresa responsável pelo acidente, se for o caso.

A prefeitura de Boituva ressalta que “a atividade do balonismo exige competência técnica, estrita obediência à legalidade e aos regulamentos, sendo também importante vetor de desenvolvimento econômico local, gerador de empregos e atração de turistas”.

O município diz que mesmo que o acidente não esteja vinculado aos eventos da cidade, o município e a Confederação Brasileira de Balonismo estão à disposição para dar apoio às vítimas.

Até a noite desta segunda-feira, a prefeita de Capela do Alto, onde aconteceu o acidente, não se pronunciou.