Operação do MPMG investiga fraude em concurso público da Prefeitura de Consolação
Indícios apontam que houve o “vazamento” do gabarito em favor de pessoas ligadas a agentes públicos, tanto da Prefeitura, quanto da Câmara
Iago Almeida / 28 maio 2025Indícios apontam que houve o “vazamento” do gabarito em favor de pessoas ligadas a agentes públicos, tanto da Prefeitura, quanto da Câmara
Iago Almeida / 28 maio 2025Foto: MPMG
Possíveis fraudes estão sendo investigados em um concurso público da Prefeitura de Consolação, no Sul de Minas. Pelo menos 10 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Consolação e Paraisópolis, nesta quarta-feira (28/5).
A operação “Sapiens” está sendo deflagrada pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), com apoio do GAECO e de 23 policiais militares.
Os mandados foram cumpridos contra familiares de vereadores, secretários municipais e membros da comissão do concurso, que teriam sido beneficiados. Foram apreendidos celulares, notebook, HD e documentos de agentes públicos e pessoas ligadas a comissão organizadora do concurso.
O órgão informou que até o momento, os indícios apontam que houve o “vazamento” do gabarito em favor de pessoas ligadas a agentes públicos, tanto do Poder Executivo (Prefeitura) quanto do Poder Legislativo (Câmara).
Investigações também apontam situações em que candidatos possivelmente analfabetos foram aprovados, bem como candidatos que acertaram todas as questões do concurso, o que sugere ocorrência da fraude.
Foto: MPMG
Provas foram em dezembro
O concurso ofertou um total de 56 vagas, distribuídas entre 31 cargos desde lavador de veículos, a professores, médicos e engenheiros. As provas aconteceram no dia 8 de dezembro de 2024.
Em seguida, o MPMG recebeu as denúncias e solicitou que a Prefeitura suspendesse o concurso por suspeita de irregularidades, o que foi acatado pela administração municipal.
O Código Penal, em seu artigo 311-A, traz a seguinte descrição sobre fraude em concurso público: utilizar ou divulgar, indevidamente, conteúdo sigiloso com o fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do certame.
Ainda segundo o MPMG, as penas para os particulares que fizeram uso do gabarito “vazado” é de 1 a 4 anos de reclusão, e multa. A Prefeitura de Consolação também poderá sofrer penalidades.
Prefeitura não se pronunciou
O Terra do Mandu entrou em contato com a Prefeitura de Consolação, que informou que ainda não iria se pronunciar sobre o caso.
Foto: MPMG
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