Ícone do site Terra do Mandu – Notícias de Pouso Alegre e região

Atleta deixa profissão de bancária e entra no Top 10 mundial de Highline

Monique Paredes, atleta de Highline em Pouso Alegre

Atleta deixa profissão de bancária e entra para o top 10 mundial de highline

É nas alturas que Monique Paredes, de 36 anos, representa o Brasil no Highline, categoria do Slackline. A atleta trocou a carreira de bancária, em São Paulo, pelo esporte radical e a carreira de professora de yoga, em Pouso Alegre. Ela está no top 10 mundial das melhores atletas de Highline.

“Eu fui caixa de banco em São Paulo (SP), tinha estabilidade, mas abri mão de tudo. Me mudei há quatro anos para Pouso Alegre e dou aulas de yoga. Isso traz flexibilidade para treinar e une a proximidade do local para fazer Highline.”

Esse esporte é praticado com uma fita entre dois pontos a mais de 10 metros de altura. Os atletas podem andar, correr e fazer acrobacias sobre a fita. Os cenários são diversos, como pedreiras, montanhas, prédios e estádios.

A paixão dela pelo Highline começou há 10 anos, quando ela viu a prática do esporte em uma praça. Uma trajetória onde enfrentou o próprio medo e se dedica aos treinos que exigem força e tempo.

“Tive muito medo no começo, mas é um esporte que traz liberdade. O esporte me conectou ao yoga, que fez me conhecer mais. São dez anos em que evolui muito e abdiquei de muita coisa pelo Highline, mas vale muito à pena.”

Monique e o técnico João Vieira, de Pouso Alegre, vão disputar o Mundial no 5º ChooseLife. O campeonato será em 17 de junho, na Chapada dos Veadeiros, em Goiás.

Com a proximidade do Mundial, eles treinam todos os dias na pedreira desativada do Ibirá, em Pouso Alegre. O local sediou o 1º Campeonato Brasileiro de Freestyle, em 2023 e tem atrativos para quem pratica o esporte.

“Tem esse visual lindo, na natureza. Aqui favorece o Slackline e outros esportes como rapel, escalada. É um lugar que atrai as pessoas, pela beleza e pelos esportes radicais. Eu me mudei para Pouso Alegre por ter esse lugar para treinar, é tem fácil acesso, é perto. Me ajudou a evoluir bastante no esporte.”

Monique fala que o slackline cresce na região, mas ainda é pouco conhecido. Ele pode ser praticado por pessoas de todas as idades. As modalidades variam desde o solo, até alturas que podem levar à sensação como se a pessoa estivesse voando.

O sonho da atleta, que concilia o trabalho, esporte e as aulas voluntárias de slackline para crianças é que outras pessoas tenham a mesma oportunidade dela. Ela é professora de Slackline e Highline.

A professora se destaca em competições nacionais e internacionais. A estreia em campeonatos trouxe o título de vice-campeã. “Uma sensação incrível. O primeiro eu competi no Estádio do Mineirão, em 2022”.

Durante o treino, presenciamos a atleta cair da fita. Ela ficou pendurada a 25 metros de altura, com total segurança, até retornar à fita.

Equipamentos e técnicas garantem essa segurança aos atletas, desde as fitas, presilhas, fixação dos parabolts nas rochas, até a proteção que vai no corpo de cada um deles. Tudo é checado antes do atleta subir na fita.

 

João tem dez anos no esporte e também vai disputar o Mundial. Ele é biólogo e trocou a profissão para motorista de aplicativo, o que permite conciliar os treinos e conseguir se sustentar. Ele sonha que o esporte conquiste um público maior e tenha incentivos, além de poder viver do esporte.

O casal que se destaca no esporte, busca patrocínio para conseguir ir disputar o Mundial em Goiás. Quem tiver interesse em investir nesses atletas pode entrar em contato com eles pelo Instagram @moniqueparedes e @jc_slacker. Monique abriu uma vaquinha on-line para arrecadar R$ 3 mil para ir para o evento.

Sair da versão mobile