O colorido dos aviões e as acrobacias da Esquadrilha da Fumaça chamaram a atenção no céu do Sul de Minas. Eles sobrevoaram Pouso Alegre nesta quarta-feira (19/03) e se apresentaram em Paraisópolis.

A Esquadrilha da Fumaça vai completar 73 anos. São mais de 4 mil voos no Brasil e exterior, sendo mais de 60 só em 2024. As aeronaves voam em média a 590 km por hora, fazem acrobacias e encantam por onde passam.

O capitão aviador da Força Aérea Brasileira (FAB), Giovanni Loures, faz parte da esquadrilha há um ano. “Levamos à população entretenimento e ao mesmo tempo, mostramos uma amostra do nível de capacidade da FAB, com movimentos precisos, ágeis e parte do que é o nosso trabalho” direcionado à aviação brasileira.

O grupo é formado por 13 pilotos distribuídos em sete posições de voo, de acordo com o número da aeronave. Isso diferencia o tipo de manobra.

A equipe que veio ao Sul de Minas tem 21 militares da FAB. Oito são pilotos. O Aeroporto de Pouso Alegre se transformou na base do grupo, desde o último fim de semana. São sete aviões A-29 Super Tucano para apresentação e um de reserva.

Eles são fabricados pela Embraer, no Brasil. São as mesmas aeronaves que a FAB utiliza na proteção do território nacional. “A diferença é a pintura e que nas da Esquadrilha da Fumaça, o compartimento da metralhadora é substituído pelo de compartimento de óleo biodegradável que se transforma em fumaça”, nas apresentações.

Os rastros da fumaça branca, que parecem uma nuvem, sai do escapamento direito, que fica entre a hélice e a cabine do piloto. As apresentações com fumaça colorida exigem cuidados extras devido aos pigmentos, para preservar a beleza desses aviões.

“Antes da apresentação enceramos toda a lateral para evitar que o pigmento contamine a fuselagem. Após o pouso precisamos de uma estrutura para lavagem imediata do avião, para garantir que essa bela pintura continue intacta.”

Dezenas de fãs foram até o aeroporto para ver a Esquadrilha da Fumaça. Cristiano Cantão e a esposa Ana Cantão são apaixonados pelo grupo há décadas. Ele tentou entrar para a FAB e tem dois sobrinhos que são controladores de tráfego aéreo.

O casal acompanha as apresentações da esquadrilha, há anos. “Vimos eles em Pouso Alegre (MG), Cruzeiro (SP), Guaratinguetá (SP), Conceição dos Ouros (MG) e Santa Rita do Sapucaí (MG)”, lembra Cristiano.

Ana conta que no início do casamento o marido a levou para uma apresentação da esquadrilha em Pouso Alegre, há 30 anos. O município solicitou à FAB, há dois anos, uma apresentação completa e aguarda o futuro retorno desses aviadores.

Quando a repórter Nayara Andery falou ao capitão, que é mineiro de Juiz de Fora, sobre eles retornarem ao Sul de Minas, ele não descartou a oportunidade. “Com certeza para nós da Esquadrilha da Fumaça seria uma honra retornar a essa cidade (Pouso Alegre) para uma apresentação completa.”