Pouso Alegre tem idosa com suspeita de meningite viral
Idosa, de 71 anos, foi internada com sintomas de meningite viral, no HCSL de Pouso Alegre, em 26 de janeiro. Prefeitura aguarda resultado de exames.
Nayara Andery / 31 janeiro 2025Idosa, de 71 anos, foi internada com sintomas de meningite viral, no HCSL de Pouso Alegre, em 26 de janeiro. Prefeitura aguarda resultado de exames.
Nayara Andery / 31 janeiro 2025Uma idosa, de 71 anos, foi internada com suspeita de Meningoencefalite Viral (meningite viral), em Pouso Alegre. Informações enviadas ao Terra do Mandu é que a idosa teria buscado atendimento por três vezes, no Hospital das Clínicas Samuel Libânio.
A prefeitura respondeu que o caso está sob investigação de suspeita da doença. A Meningoencefalite é a infecção do sistema nervoso central, com inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal.
Segundo resposta da prefeitura, a “idosa foi admitida no HCSL após apresentar sintomas como cefaleia, vômito, fraqueza global e rebaixamento do nível de consciência, iniciados há alguns dias”.
A nota cita que ela “recebeu atendimento médico no dia 26, quando foi levantada a hipótese de meningoencefalite viral. O caso segue em investigação, aguardando o resultado dos exames para confirmação. A equipe médica do HCSL acompanha de perto a situação, adotando todas as medidas necessárias para garantir o melhor atendimento”.
A data do resultado dos exames não foi informada. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), meningite é uma doença grave e em caso de sintomas e suspeita, é preciso procurar atendimento médico com urgência.
O Ministério da Saúde alerta que devido à gravidade do quadro clínico, os casos suspeitos de meningite sempre são internados em hospitais. A meningite pode ser viral ou bacteriana, que é mais grave, por parasita ou por fungo.
A doença é mais comum em crianças de até cinco anos. Mesmo assim, ela pode ocorrer em qualquer faixa etária. No Brasil, as meningites bacterianas são mais comuns no outono-inverno e as virais, no período primavera-verão.
Os sintomas da meningite bacteriana geralmente são febre, dor de cabeça e rigidez de nuca. O paciente pode ter mal-estar, náusea, vômito, fotofobia (aumento da sensibilidade à luz), confusão mental. Os sintomas mais graves que aparecem com o decorrer do tempo são convulsões, delírio, tremores e o paciente pode entrar em coma.
Bebês e recém-nascidos podem ter sintomas inexistentes ou imperceptíveis. Eles podem ter irritação, vômito, dificuldade para alimentar, reflexos anormais, fontanela (moleira) saliente, letargia ou não responder a estímulos.
Os sintomas iniciais da meningite viral são: febre, dor de cabeça, rigidez de nuca, náusea, vomito, falta de apetite, irritabilidade, sonolência ou dificuldade para acordar do sono, letargia, fotofobia (aumento da sensibilidade à luz). O caso dos bebês, tem semelhança com os sintomas de meningite bacteriana para essa faixa etária.
Nas meningites virais, na maioria dos casos, o MS detalha que os pacientes “são internado e monitorado quanto a sinais de maior gravidade, e se recuperam espontaneamente. Porém alguns vírus como herpesvírus pode vir a provocar meningite com necessidade de uso de antiviral específico”.
Pacientes com meningite têm diferentes respostas ao tratamento, o que depende da imunidade. Quem tem HIV/AIDS, diabetes, câncer e outras doenças imunodepressoras recebe tratamentos com maior rigor, cita o MS.
A meningite é uma síndrome que pode ser causada por diferentes agentes infecciosos. A maioria dos casos de meningite podem ser prevenidos por vacinas, ou caso a pessoa tenha contato com paciente com suspeita da doença, é feito o tratamento por quimioprofilaxia, com uso de antibióticos.
Vacinas previnem as principais causas de meningite bacteriana. O Ministério da Saúde distribui vacinas pelo SUS, para serem aplicadas em crianças, pelo Programa Nacional de Imunização. Confira as vacinas existentes:
Meningocócica C: contra doença meningocócica causada pelo sorogrupo C. É aplicada em duas doses mais reforço. A primeira é em bebês entre 3 e 5 meses, a segunda depois de 60 dias e o reforço com um ano de idade.
Pneumocócica 10-valente: protege das doenças invasivas causadas pelo Streptococcus pneumoniae, incluindo meningite. A vacina é em 2 meses a 4 meses de vida, com reforço ao completar um ano de idade.
Pentavalente: protege contra as doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae sorotipo B, como meningite, e também contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B. Ela é aplicada em bebês aos 2, 4 e 6 meses.
Meningocócica C: protege contra meningite causada pelo sorogrupo C. Aplicada em duas doses, aos 3 e aos 5 meses de idade e um reforço quando o bebê tiver um ano.
Meningocócica ACWY (quadrivalente): protege contra meningite causada pelos sorogrupos A,C,W e Y. Deve ser aplicada em adolescentes de 11 a 14 anos, com dose única ou reforço, de acordo com a situação vacinal encontrada.
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