Homem é preso após ser flagrado agredindo cavalo com socos e chutes

Um homem de 55 anos foi preso por maus-tratos em Borda da Mata, no Sul de Minas, após ser flagrado chutando e dando socos em um cavalo. A prisão foi feita pela Polícia Militar no último dia 24 de janeiro, após diversas denúncias da população de que o homem estava agredindo o animal.

Uma viatura foi até a residência dele e flagrou a cena, quando o homem estava dando golpes no rosto do animal e pontapés na barriga. Testemunhas contaram aos policiais que essa não era a primeira vez que o suspeito estava agredindo o animal.

As testemunhas disseram ainda que tentaram conversar com o homem, que ele soltasse e tratasse o animal, pois ele parecia estar com fome e sede. Mas, o homem se exaltou e disse que não faria nada, ameaçando ainda quem estava perto do animal.

O cavalo estava debilitado, com várias feridas pelo corpo, bicheira na pata dianteira e apresentava quadro de desnutrição e desidratação. Ao tirar o areio do animal, foram constatadas ainda mais lesões.

A Prefeitura Municipal foi acionada e disponibilizou um veterinário que avaliou o animal, além de aplicar a medicação necessária. O cavalo foi recolhido e depois encaminhado para a ONG Patas de Anjos, na cidade de Pouso Alegre.

A protetora Adriana Sula, responsável pela ONG, conversou com o Terra do Mandu. Ela relatou que o animal chegou em estado crítico ao local e precisará de um tratamento mais específico. Por isso, ele foi encaminhado nesta segunda-feira (27/1) para o Santuário Filhos de Santhi, em Pindamonhangaba, em São Paulo.

O autor dos maus-tratos recebeu voz de prisão em flagrante e foi levado para a Delegacia de Polícia Civil de Borda da Mata. A Polícia Militar citou que ele estava com sintomas de embriaguez no momento da prisão.

De acordo com a PM, qualquer denuncia de crimes desta natureza, a pessoa pode ligar no telefone de emergência da PM (190). Maus-tratos trata-se de crime inafiançável, dependendo da situação (silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos), e passível de multa. A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.