Se você ainda imagina as gerações mais velhas como avós e bisavós sentados em cadeiras de balanço, está na hora de rever suas suposições! Segundo dados publicados pela ExpressVPN, mais de dois terços dos indivíduos com mais de 69 anos têm um entendimento ao menos básico das tecnologias.
Isso não é uma surpresa quando consideramos que mesmo as cidades mais distantes no interior dos estados brasileiros têm acesso à internet. Na verdade, o quão mais afastado um município é dos grandes centros urbanos, mais ele se beneficia de que seus habitantes tenham contato com as redes.
No texto abaixo nós vamos falar exatamente sobre esse assunto! Afinal de contas, qual é a relação de cada geração com as tecnologias? E quanto aos brasileiros mais velhos, como eles acessam as redes? E quais são os benefícios desse acesso? Nos tópicos a seguir vamos responder essas e outras questões.
A relação das gerações mais velhas com as tecnologias
O artigo da ExpressVPN citado durante a introdução menciona que mais de 20% dos boomers mais velhos (a geração de indivíduos com 69 anos ou mais) passam de 11 a 20 horas por semana conectados à internet, o que pode surpreender em um primeiro momento. E os números aumentam a cada ano.
As razões para essa presença massiva são muitas, algo que vamos abordar melhor nos tópicos a seguir, mas a realidade é apenas uma: as populações mais velhas, tanto no Brasil quanto no restante do mundo, já representam uma parcela mais do que significativa dos indivíduos que utilizam a internet.
Como é de se esperar, a maioria conta com a ajuda de filhos e netos não apenas para aprender a como lidar com as ferramentas, mas para se manter protegidos. Os millennials são os mais preocupados com esse tipo de coisa, enquanto os boomers são os menos preocupados, o que explica essa relação.
O letramento digital das gerações mais velhas no Brasil
Indivíduos mais velhos são perfeitamente capazes de descobrir o mundo digital sozinhos, mas na prática 67% depende do auxílio dos mais jovens. Mais ainda, 80% dos filhos e netos ajudam os pais e avós, o que significa que mesmo aqueles que têm a independência ainda contam com uma forcinha.
Como citamos antes, mais importante do que saber usar os recursos é saber usá-los com segurança. Qualquer indivíduo online está suscetível a golpes, mas existem criminosos que se especializam em aplicar fraudes em pessoas mais velhas, contando que essas gerações tenham menos informações.
A melhor maneira de combater essa tendência não é afastar os mais velhos da internet, mas explicando a eles como cada coisa funciona e de que maneira podem se manter protegidos ao acessar a internet. Usar anti-malwares, não fornecer dados pessoais e usar senhas seguras são algumas dicas.
Quais os benefícios de idosos descobrirem ferramentas tecnológicas?
No tópico anterior nós citamos a palavra “independência” associada ao uso de gerações mais velhas à internet, o que é sem sombra de dúvidas algo que merece ser levado em consideração. Com a idade chegam as dificuldades com o corpo, algo que é mitigado quando temos a chance de navegar online.
Ao invés de visitar uma livraria ou biblioteca para checar um livro novo, é possível apenas acessá-lo na internet. O mesmo vale para todos os outros interesses da pessoa mais velha: receitas, filmes e séries, jogos esportivos e todos os tipos de entretenimentos e diversões que as plataformas proporcionam.
Isso sem mencionar a comunicação direta com familiares e amigos, o que é sempre muito positivo. Nós podemos não ter tempo de visitar com frequência os pais e avós na rotina profissional e pessoal caótica, mas é sempre possível respondê-los no WhatsApp ou no Facebook, estreitando nossos laços.
A tecnologia como ferramenta de inclusão
A inclusão digital dos idosos não é apenas sobre aprender a usar um smartphone ou acessar a internet, mas sobre ressignificar o papel deles na sociedade. Para muitos, a tecnologia é um meio de se manterem atualizados e conectados com o presente.
Por exemplo, ao aprenderem a usar o WhatsApp, eles ganham autonomia para se comunicar com familiares e amigos, sem depender de terceiros para intermediar as conversas. Acessar vídeos no YouTube ou descobrir plataformas de streaming lhes proporciona entretenimento em casa, reduzindo o isolamento e o tédio que muitas vezes acompanham a aposentadoria.
Essas ferramentas também desempenham um papel significativo na saúde mental. A possibilidade de compartilhar experiências, trocar mensagens e participar de grupos de interesse cria um senso de pertencimento e reduz a solidão, um dos maiores desafios da terceira idade.
Essa troca pode transformar simples momentos, como ensinar a usar o WhatsApp, em lembranças duradouras. Mais do que isso, os idosos se tornam participantes ativos da vida familiar, seja compartilhando fotos antigas, trocando mensagens ou acompanhando os eventos da família em tempo real.
A tecnologia não é apenas uma ferramenta, mas um portal para novas experiências, relações e descobertas. E, com o apoio de filhos e netos, os idosos podem continuar explorando o mundo, provando que nunca é tarde para aprender e crescer.