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Operação prende líder do tráfico e grupo que vendia drogas no atacado e delivery

Delegado de entorpecentes explica como grupo criminoso que liderava tráfico agia no Sul de Minas.

O líder de um grupo criminoso apontado como o maior traficante de cocaína no Extremo Sul de Minas, foi preso na Operação Lockdown, nesta quarta-feira (04/12). A ação desmantelou grupo que vendia drogas no atacado e esquema de delivery do tráfico, no Extremo Sul de Minas.

A Polícia Civil prendeu 13 pessoas por tráfico, sendo duas delas mulheres. Os cumprimentos de mandados de prisão e dois flagrantes foram em Pouso Alegre, enquanto o líder do tráfico no atacado foi preso em um sítio de luxo, em Silvinópolis. Uma pessoa está foragida.

Todo o caminho do tráfico, como quem lidera, quem gerencia e o caminho da droga são investigados. A operação também aponta lavagem de dinheiro. Policiais apreenderam drogas, R$ 18 mil em dinheiro e seis carros. O esquema de atacado comercializava cocaína considerada de alta qualidade e custo maior.

“O grupo criminoso vendia a droga por quilo. Se um traficante quisesse comprar meia barra, eles não vendiam. A quantidade de droga vendida por esse grupo ao longo dos anos, na região, é imensurável”, explica o delegado de entorpecente, Rodrigo Cavassoni.

Tráfico por delivery é o segundo foco da operação. A PCMG identificou um esquema de venda de cocaína e maconha, por WhatsApp e entregue por motoboys. Entre as pessoas presas na operação, estão os envolvidos nesse esquema.

Cavassoni explica que o nome Lockdown surgiu após Poder Judicário e Ministério Público pedirem que o líder da quadriha fique preso de forma isolada. “Ele é um traficante com influência, por isso esse pedido de prisão.”

O líder do tráfico em atacado tinha sido preso em 2022. “A PCMG prendeu ele na época e apreendeu mais de R$ 400 mil.”

Conversas de aplicativos sobre a venda de drogas para traficantes serviram como provas na investigação. Drogas e dinheiro apreendidos, localização de veículos comprados com o tráfico, comprovaram as informações colhidas pela PCMG.

A segunda fase da operação investiga o esquema de lavagem de dinheiro do grupo. “Eles têm carros de luxo, a casa do líder do grupo criminoso teve modificações com móveis e obras caras.”

O foco é esclarecer como a quadrilha agia. São investigadas a origem da droga traficada na região, e o caminho que essa droga percorria e envolvidos no crime.