Pouso Alegre

Villefort fala sobre transtornos de obra inacabada próximo da Rodoviária

Empresa cita que CM Construções teria descumprido contrato, deixado a obra inacabada causando grande risco à população; veja notas

Terra do Mandu / 15 outubro 2024

Obra também está gerando reclamações por interdição na Avenida Perimetral, uma das mais movimentadas da cidade e que liga a BR-459 até a Rodoviária e MG-290 / Foto: Magson Gomes – Terra do Mandu

A obra de construção do Villefort Atacado e Varejo em Pouso Alegre, no Sul de Minas, segue em andamento. Mas, agora a empresa CEMA (Central Mineira Atacadista Ltda), em nota enviada ao Terra do Mandu, diz que está enfrentando complicações e acusa a CM Construções e Incorporações Ltda de ter abandonado a obra inacabada, gerando risco de acidentes.

Por conta da construção do hipermercado, a Avenida Levino Ribeiro do Couto, que fica no centro da cidade, segue interditada, o que tem gerado reclamações de moradores. O mesmo acontece com a Avenida Perimetral. Segundo a CEMA/Villefort, houve descumprimento de contrato por parte da CM Construções.

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Um boletim foi protocolado pela CEMA/Villefort na Copasa, onde a construtora CM é credenciada para obras, e também junto à Prefeitura de Pouso Alegre. Além disso, a Villefort informou que 11 tubos essenciais para a obra foram levados pela empresa acusada.

“A construtora CM Construções não apenas abandonou a obra, como também deixou o local em estado inacabado, gerando alto risco de acidentes. A construtora CM fez apenas um comunicado à prefeitura, o que pegou a CEMA de surpresa. Além do abandono, a CM Construções reteve indevidamente 11 tubos de Polietileno de Alta Densidade (PEAD) de um metro e meio de diâmetro, essenciais para a finalização dessa obra, mesmo após terem sido pagos pela empresa CEMA”, disse a Villefort.

A empresa disse ainda que foi forçada a buscar tubos emprestados para dar andamento a obra, uma vez que os materiais são fabricados sob encomenda e não há tempo hábil para entrega e finalização da obra antes das chuvas.

Foto enviada pela CEMA/Villefort

Foto enviada pela CEMA/Villefort

Ainda na nota, a Villefort disse que detectou afundamentos nos pisos em pontos da obra, que teria sido feita de forma incorreta, com a compactação mal feita e provável interligação dos tubos de forma errada no trecho da Avenida Perimetral, causando ainda mais risco.

Essas informações que constam na matéria, vale ressaltar, são da empresa Villefort, não tendo nenhuma confirmação por órgãos oficiais. 

“Desde o abandono da obra inacabada, a empresa CEMA tem trabalhado incansavelmente para minimizar os impactos à comunidade, e a construtora CM vem criando dificuldades, como é o exemplo da retenção ilegal dos 11 tubos. A empresa CEMA já assumiu a obra e está buscando alternativas como até mesmo o empréstimo dos 11 tubos. A empresa CEMA esta entrando com uma Ação Judicial por descumprimento de contrato, retenção dos tubos e todos os danos causados a nós, a comunidade e a terceiros”, diz a nota.

Foto enviada pela CEMA/Villefort

Foto enviada pela CEMA/Villefort

O contrato inicial entre as duas empresas citava um investimento de R$ 2,4 milhões com entrega de toda obra até 3 de maio de 2024. Por conta do atraso, a CEMA/Villefort informou que houve acréscimo de R$ 200 mil no contrato.

“Essa situação gerou prejuízos significativos à Reclamante CEMA, que dependia da conclusão dessa obra para executar a obra da sua loja. Em razão da infração contratual grave devido a proximidade do risco das chuvas, a Reclamante CEMA foi forçada a contratar terceiros para assumir a obra, ficando no prejuízo financeiro dos valores já pagos, uma vez que a estimativa inicial de gastos para conclusão da obra ficou em torno de R$800.000,00 (oitocentos mil reais)”, citou a Villefort.

A empresa informou ainda que vai gerar 200 empregos diretos e outros 400 indiretos quando o hipermercado estiver funcionando. O investimento total gira em torno de R$ 40 milhões em obras e equipamentos.

O Terra do Mandu não conseguiu contato com a CM Construções e Incorporações, acusada pela Villefort, mas deixa o espaço aberto caso a empresa queira se pronunciar. 

O que diz a Prefeitura? 

Em nota enviada ao Terra do Mandu a Prefeitura de Pouso Alegre informou que compreende os transtornos causados pela obra particular e que, desde o início, tem mantido fiscalização constante para garantir que as exigências legais sejam atendidas.

A administração ainda citou que a empresa responsável pela obra foi devidamente notificada para sanar alguns problemas apresentados durante a execução. Caso a empresa descumpra, o Executivo informou que poderá aplicar multa de valor diário de R$ 27 mil.

Confira a nota da prefeitura na íntegra: 

“A Prefeitura de Pouso Alegre compreende os transtornos causados pela obra particular. Esclarecemos que o município tem adotado todas as medidas necessárias e rigorosamente determinadas pela legislação vigente, assegurando o cumprimento dos procedimentos legais.

Desde o início, o município tem mantido fiscalização constante para garantir que as exigências legais sejam atendidas. Inclusive, empresa responsável pela obra foi devidamente notificada para sanar alguns problemas apresentados durante a execução da obra, e o prazo desta notificação, a qual determina reparo e recomposição da via ainda esta vigente. Caso a empresa descumpra, serão aplicadas as sanções previstas, incluindo multa que poderá ultrapassar o valor diário de R$ 27 mil reais neste mês de outubro.

Ressaltamos que a Prefeitura de Pouso Alegre está empenhada em assegurar que todas as ações relacionadas à obra sejam conduzidas em estrita conformidade com a lei”. 


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