O Colégio São José, em Pouso Alegre, no sul de Minas, realizou neste sábado (21/9), o 8º FEST.COM (Festival de cultura, oficinas e mostras), que envolve alunos da educação infantil ao ensino médio. O evento incluiu diversas atividades, como mostras, feiras, exposições e apresentações teatrais. São cerca de 950 alunos e 170 funcionários envolvidos na preparação e execução das atividades.
O principal objetivo do evento é fazer dos alunos os próprios protagonistas. Com tantas atividades interessantes acontecendo ao mesmo tempo, a certeza dos professores, que organizaram tudo junto dos alunos, é que o festival proporciona um aprendizado valioso aos participantes.
Esta é a oitava edição do festival, que acontece anualmente no mês de setembro. Para o diretor do Colégio São José, Prof. Ivan Augusto, a ideia que está por trás do projeto é de reunir todo o colégio num dia só para se apresentar para os pais, familiares e visitantes, mostrando assim o protagonismo dos estudantes.
“Nós fomos expandindo aos poucos o projeto, para que o protagonismo do aluno, que nem sempre acontece na sala de aula de forma efetiva, possa aparecer de uma forma mais ampla em um espaço como esse. Como diretor da escola, é muita satisfação ver o projeto em ação e a comunidade escolar abraçando-o, porque por trás dele, existem também as famílias que apoiam e incentivam seus filhos para que tudo aconteça da melhor forma possível. Para os próximos anos, é esperar que o projeto continue a brilhar. Ele já está firmado há oito anos, mas esperamos que ele brilhe ainda mais e que a criatividade esteja em alta sempre”, enfatizou o diretor.
Na quadra do colégio, uma ação importante foi realizada pelos alunos do 6º ano C. Com o tema “A importância dos pets para os seres humanos”, a equipe levou animais para adoção, que estavam na entrada da quadra. Além disso, houve ainda uma campanha solidária de tampinhas, para ajudar o Santuário de São Francisco a continuar ajudando animais de rua.
Os estudantes do Ensino Médio, por sua vez, prepararam apresentações de temas ligados à literatura e a manifestações artísticas. O Professor Giovanni Marques, responsável pela preparação dos estudantes, destaca que os temas abordados nos trabalhos foram sugeridos pelos próprios alunos.
“Cada grupo é chamado a fazer uma apresentação imersiva de cada um dos temas, proporcionando ao público que assiste um mergulho no universo próprio daquele escritor, cantor, compositor ou obra literária. Neste ano, nós temos alguns temas como Jorge Amado, Clarice Lispector, Cruz e Sousa, Os Trapalhões, Alice no País das Maravilhas, Moda de Viola, o filme Divertida Mente, entre outras apresentações. Um dos principais diferenciais, é que esses temas foram sugeridos por eles mesmos, porque são temas significativos para eles”, disse o professor.
Já os alunos do ensino fundamental I colocaram em prática trabalhos que envolvem a matemática, geometria, resolução de problemas e a matemática no cotidiano. Além disso, abordaram aspectos que exploram como o uso da matemática impacta as profissões, como arquitetura, engenharia e medicina.
Além disso, mostraram também um grande estudo do corpo humano, com descobertas e experiências; bem como um trabalho sobre os oceanos, fazendo uma interligação entre a geografia e o inglês. Houve ainda peças de teatro, que trabalharam parte do livro “Felpo Filva”, o qual discute como as diferenças é que tornam o mundo mais rico e diverso.
Foi realizada também uma olimpíada de leitura da língua portuguesa e da história, com recorte dos dois estilos musicais do Brasil, fazendo uma viagem histórica e retratando, através da música, os momentos históricos e a cultura de um povo. Para a responsável pelo ensino fundamental I, Prof.ª Giselle Gomes, este é um momento rico para os estudantes e a comunidade.
“Hoje, temos a oportunidade de mostrar à comunidade toda a riqueza da cultura, da criatividade dos alunos, do empreendedorismo e do empenho deles em realizar as atividades. Então, é todo um trabalho feito com a mediação dos professores e com a apresentação dos alunos, que são os grandes atores desse evento. O objetivo é exatamente conseguirmos olhar para todos esses conteúdos, todos esses objetos de conhecimento, que são trabalhados nos livros diretamente na sala de aula, e entender como tudo isso pode ser espelhado na vida. Em outras palavras, trata-se de fazer com que eles percebam que tudo isso que eles aprendem na sala de aula tem uma aplicabilidade na vida”, disse a professora.
A professora ainda citou que os alunos passam por uma oportunidade de tornarem-se protagonistas durante o festival, de agirem como atores, de representar e, com a própria voz, ressignificarem o que eles aprendem em sala de aula.
“Então, esse é o grande objetivo: ser aluno protagonista do processo. Neste dia, o professor é um mediador, ele é um maestro que orquestra o trabalho das crianças, mas quem dá a grande aula, quem faz a grande aula, são os alunos. E assim as crianças se envolvem muito, é muito interessante. A gente percebe como a escola precisa abrir esses espaços para que os alunos possam ser os principais atores, eles têm capacidade para isso. É isso que deixa, às vezes, a comunidade muito intrigada, surpresa e admirada; como é que os alunos, com tão pouca idade, conseguem coordenar com harmonia, com disciplina e organização, todos os trabalhos que eles desenvolvem”, encerrou a educadora.
Durante todo o evento, que começou às 8h e se encerrou às 12h, o Colégio São José abriu suas portas, como em várias outras oportunidades, oferecendo um momento oportuno para que os visitantes pudessem conhecer as instalações e conversar com a equipe pedagógica.