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Artista uruguaio de mosaico contemporâneo expõe artes em Pouso Alegre

Exposição, que vai até dia 13 de setembro no Centro Cultural, possui quadros e objetos de arte exclusivos do artista Sergio Gaspar Gea Crespo

Iago Almeida / 04 setembro 2024
Artista uruguaio de mosaico contemporâneo expõe artes em Pouso Alegre

Fotos: Divulgação

O artista uruguaio de mosaico contemporâneo Sergio Gaspar Gea Crespo expõe quadros e objetos de arte exclusivos no Centro Cultural Cleonice Bonillo Fernandes, em Pouso Alegre. A exposição, que começou no fim de agosto, segue até 13 de setembro.

O espaço fica na Biblioteca Municipal – antigo Fórum, 2º piso. O endereço é Praça Senador José Bento, 2, centro. A exposição acontece das 8h às 18h, de segunda a sexta, das 8h às 18h, com entrada franca.

Sergio Gea traz para a mostra trabalhos de tendência alegre e decorativa. No Brasil há 35 anos, é descendente de espanhóis, tendo Gaudí como referência e proximidade com o francês Picassiette.

“Desenvolvi uma tendência que pretende trazer alegria, colorida e decorativa. Faço borboletas, cavalinho de mar, corujas, com a preocupação de serem objetos belos e alegres que provoquem uma experiência concreta, um objeto para ser tocado, um mosaico com muito brilho e cores”, disse ele.

Fotos: Divulgação

Sergio tem trabalhos na Amazônia (uma Yemanjá de dois metros de diâmetro) e em Florianópolis, na Lagoa da Conceição. Da infância, recorda-se de olhar para a obra do artista Vitale, que escreveu em mosaico a história do Uruguai com as palavras do libertador Artigas, em locais como o Estádio de Futebol, o Mercado Público e Monumentos históricos.

“No estádio de futebol onde eu jogava, via a taça e a bandeira do time em mosaico”, disse o artista. Sergio viajou por vários países, como Espanha, Itália, o sul da França, os Estados Unidos, o Panamá e o Peru, voltou ao Uruguai e veio para o Brasil, vivendo em Florianópolis e Porto Alegre, Amazônia e São Paulo e agora Pouso Alegre.

Em Florianópolis, conheceu o artista de mosaico Sergio Muinho, também uruguaio. “Foi o primeiro contato com o mosaico”, diz. “Eu frequentava o ateliê e ia absorvendo em silêncio a magia, as cores, as técnicas de transformar formas concretas com pedacinhos. Nessa época, passei a me interessar por Gaudí”, citou.

Segundo ele, ganhou um livro sobre Gaudí de outro artista de Florianópolis Mano Alvim. “Com ele, fiz dois trabalhos. O tampo de uma mesa em mosaico com um símbolo sagrado, que está em Florianópolis, na Lagoa da Conceição, e três esculturas representando homens ancestrais curandeiros, que estão num sítio em Florianópolis, ambos para a Aliança do Fogo Sagrado (movimento que reúne medicina indígena e espiritualidade)”, completou.

Artista uruguaio de mosaico contemporâneo expõe artes em Pouso Alegre

Foto: Divulgação

Ele viveu também na Amazônia, onde realizou na piscina da residência de um norte-americano a obra Yemanjá, de dois metros de diâmetro, um trabalho considerado naïf. Na porta de sua casa ele também homenageou São João Batista.

“Na Amazônia, com a diversidade da vegetação, da cor do céu, das flores, dos cheiros, das florestas, vi que os pedacinhos se completam. O próprio brilho no igarapé, as ondulações mostram a imagem que se assemelha ao mosaico. Fiz também lá, na porta da minha casa, uma circunferência com bandeirinhas e estrelas escrito Viva São João”, explicou.

Artista uruguaio de mosaico contemporâneo expõe artes em Pouso Alegre

Foto: Divulgação

Na época, trabalhava como construtor e revestidor de pisos e paredes. O mosaico de Sergio tem acabamento com rejunte que vem da experiência de construtor. “Comecei a perceber que o uso de revestimento nas casas restrito à cozinha e ao banheiro poderia se transformar em arte pelo mosaico. Aí o mosaico pode se espalhar pela casa toda, na entrada, nos pisos, nas paredes, nas escadas, nos objetos, nos vasos. Vi que o mosaico estava em qualquer plano de construção, todo o ambiente pode receber um mosaico. Qualquer textura pode receber um brilho, um sentimento”, disse ele.

O artista veio morar em São Paulo e daí mudou-se para Pouso Alegre, passando a se dedicar inteiramente ao mosaico. “Comecei a fazer terapia e resolvi presentear meu terapeuta com um quadro de mosaico de yin yang. Aí veio a inspiração. Comecei a colocar mosaico nas paredes, na lavanderia, na cozinha e passei a produzir bastante quadros e objetos de mosaico. Sempre quis ser artesão e o que surgiu foi o mosaico. Olho para os materiais e penso em construir algo. Construir com pedacinhos, formas, triângulos diversidades, completando espaços com essa arte, embelezar”, encerrou o artista.

Sergio Gaspar Gea Crespo – (35) 9 9770-1958 – Texto de Assessoria de Imprensa


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