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Polícia Federal realiza operação de combate a fraudes no Iprem, em Pouso Alegre

Pouso Alegre e Jacutinga são foco da 3ª fase da Operação Encilhamento. PF cumpre mandados de busca e apreensão em MG, SP e SC.

Nayara Andery / 03 setembro 2024

A Polícia Federal deflagra nesta terça-feira (3) a 3ª fase da Operação Encilhamento, em Pouso Alegre. A operação combate grupo de fraudes em institutos de previdência municipais. O alvo desta fase é o Instituto de Previdência do Município de Pouso Alegre (Iprem), além de empresas e pessoas envolvidas no esquema em MG, SP e SC.

Policiais federais chegaram ao Iprem por volta de 7h. A operação cumpre nove mandados de busca e apreensão nas Pouso Alegre, Jacutinga, Belo Horizonte e Sete Lagoas (MG); Campinas e Hortolândia (SP); além de Florianópolis (SC).

Os mandados expedidos pela 1ª Vara Federal Criminal da SSJ de Belo Horizonte. O objetivo é colher novas provas da ação do grupo criminoso especializado nesse tipo de fraude.

Segundo a investigação, o grupo oferecia vantagens ilícitas para funcionários públicos facilitarem e autorizarem aplicações fraudulentas. Empresas de consultoria manipulavam dados, documentos e cálculos atuariais.

Operação começou em 2018

O Iprem é alvo desde a primeira fase da operação, em 2018. A PF identificou 28 institutos de previdência municipais que investiam em fundos não idôneos, de empresas de fachada, sem garantia. Eles adquiriam títulos de dívidas que geram um direito de crédito ao investidor (debêntures), que ultrapassariam R$ 1,3 bilhão.

Na época, o Iprem respondeu ao Terra do Mandu que forneceu informações e documentos à Polícia Federal. E que as aplicações solicitadas pela PF tinham sido auditadas pelo Ministério da Previdência, sem ter irregularidade.

A segunda fase aconteceu em 2021. Nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos, para colher provas do crime aplicado pelo grupo, contra recursos do Iprem.

Na terceira fase, o foco é o esquema criminoso aplicado no Iprem. “As ordens judiciais foram emitidas e cumpridas contra alvos e empresas, em tese, envolvidas nos crimes cometidos contra o Iprem, no período de 2012 a 2018.”

Os suspeitos investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa, gestão fraudulenta, fraude à licitação, corrupção passiva e ativa. A PF não informou qual teria sido o valor envolvido no esquema investigado.

A reportagem conversou com um representante do Iprem, durante a operação, no local. Até o fechamento desta reportagem, o instituto não se pronunciou sobre a ação da Polícia Federal.


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