‘Serviço de branco’: Uma fala, considerada racista, foi feita pelo vereador Dito Pistola, do Partido Liberal (PL), em vídeo nas redes sociais, e gerou críticas e revolta em grande parte da população de Santa Rita do Sapucaí, no sul de Minas.

No vídeo, o vereador critica uma obra da prefeitura municipal na avenida do Inatel, próximo de uma creche. Em determinado momento, o vereador acabou relacionando, indiretamente, o serviço, que ele chamou de mal feito, como um serviço possivelmente realizado por uma pessoa preta.

Em poucos minutos o vereador apagou o vídeo, após a repercussão negativa, mas a fala já estava sendo espalhada por grupos de WhatsApp. A presidente da Associação Santarritense José do patrocínio, Mônica Maria do Rosário, manifestou repúdio contra a fala do vereador, em vídeo enviado ao Terra do Mandu.

Por meio de nota, o prefeito de Santa Rita do Sapucaí, Wander Chaves, também demonstrou repúdio pela fala do vereador Dito Pistola. O prefeito se solidarizou com as pessoas pretas e aos servidores que se sentiram ofendidos pelo ato.

Mônica do Rosário, inclusive, é também funcionária da creche que fica em frente a faixa elevada que estava sendo construída. Ela, mulher preta, se mostra indignada com as palavras que teve que ouvir de uma autoridade municipal, que deve representar o povo.

Em novo vídeo divulgado nas redes sociais, após a repercussão, o vereador, com intuito de se desculpar, culpou a oposição pela divulgação e propagação do vídeo, postado por ele. Dizendo que nunca foi racista, Dito Pistola afirmou que seus adversários estão fazendo de tudo para o derrubar.

Única mulher vereadora em Santa Rita do Sapucaí, Professora Fabiana Salgado também conversou com o Terra do Mandu. Recentemente ela foi atacada, inclusive pelo mesmo vereador citado na reportagem com falas, para ela, machistas, que aconteceram até mesmo durante sessão no plenário da Câmara Municipal.

Agora, a vereadora está preparando um projeto de resolução para ser apresentado na Câmara, para a criação de uma comissão de ética e decoro, visando uma maior transparência e moralidade na atuação dos vereadores da casa legislativa.

A Polícia Civil de Minas Gerais abriu investigação para apurar o caso. ASSISTA A REPORTAGEM!