Fiscalização da Cemig em 20 mil imóveis do Sul de Minas detectou que cerca de 35% têm irregularidades de medição de energia. Os principais motivos do problema são furtos de energia, chamados de “gato na rede elétrica”.

Os dados são de janeiro de 2023 a maio de 2024. Foram 153 mil irregularidades em 2023, com o correspondente a R$ 6 milhões em energia recuperada. E já são 6 mil irregularidades detectadas só nos primeiros cinco meses de 2024.

Nas fiscalizações de mais de meio milhão de imóveis em 774 municípios mineiros, a recuperação de energia equivale a R$ 440 milhões. São 59 mil irregularidades em medições em 2023 e 153 mil de janeiro a maio deste ano.

Segundo a Cemig, “nesses 17 meses, a correção destas irregularidades representa uma recuperação de 440 GWh. Para se ter uma ideia, o montante é equivalente à produção da Usina de Três Marias em dois meses e meio”.

O que acontece quando há essa irregularidade

Quando a Cemig confirma que há medição irregular no imóvel, o responsável tem que ressarcir a companhia. O responsável deve pagar a energia consumida e não faturada, além dos custos administrativos.

Furtar energia é crime, destaca o gerente de Recuperação de Energia da Cemig, Fábio Sapucaia. “Furto de energia é crime previsto no artigo 155 do Código Penal Brasileiro, com pena de até oito anos de reclusão. O responsável ainda pode ser enquadrado no artigo 171, que trata do estelionato.”

A companhia monitora suspeitas de fraude por meio do Centro Integrado de Medição (CIM). Ele identifica diferenças no padrão de consumo. Equipes são direcionadas para corrigir as irregularidades.

Denúncias também ajudam a coibir o crime de furto de energia. A Cemig alerta que “gatos na rede” são risco à segurança e podem causar interrupção de energia, incêndios e queima de aparelhos e equipamentos. O contato para denúncias é o telefone 116.