Em crise, Expresso Gardênia demite 63 funcionários no Sul de Minas
Gardênia teve 80% das linhas suspensas após fiscalizações do DER-MG e Seinfra-MG, que apontaram irregularidades em veículos e operação de linhas.
Nayara Andery / 23 maio 2024Gardênia teve 80% das linhas suspensas após fiscalizações do DER-MG e Seinfra-MG, que apontaram irregularidades em veículos e operação de linhas.
Nayara Andery / 23 maio 2024A crise da Viação Expresso Gardênia teve um novo episódio, a demissão de 63 funcionários. Eles foram demitidos na última terça-feira (21/05). Em nota, a empresa diz que 80% das linhas foram suspensas temporariamente. Essas linhas tiveram irregularidades apontadas em fiscalizações estaduais.
O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Pouso Alegre e Região detalhou as demissões. “A Gardênia desligou 29 funcionários em Pouso Alegre, 18 em Poços de Caldas, 11 em Passos e 5 em Itajubá. Nosso jurídico acompanha todo o processo.”
Simão Pedro da Silva, presidente do sindicato, explica que “a empresa está dificuldades há muito tempo, mas os salários estavam em dia. Eles disseram que as demissões são porque os veículos foram retirados de circulação e não tem como manter os funcionários sem essas linhas e sem receita.”
A suspensão aconteceu após frequentes fiscalizações da Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra-MG) e Departamento de Estradas de Rodagem (DER-MG). Só na fiscalização do fim de abril foram 44 autuações e 13 veículos suspensos de rodar.
Em nota, a Gardênia cita as demissões relacionadas à suspensão parcial da frota. “É com muita dor que de fato tem ocorrido interrupções de contratos de trabalho de diversos colaboradores que trabalhavam nessas linhas.”
A empresa justifica que desenvolve “um plano estratégico de reestruturação da Companhia afim de melhorar a entrega dos serviços à população, via de consequência, de poder voltar a gerar emprego e renda na região”.
Sobre a situação dos trabalhadores, ela informa que “embora seja necessário a realização dos parcelamentos das obrigações trabalhistas decorrente das referidas interrupções de contrato em face de nossa momentânea condição econômica, que nenhum colaborador terá seu direito subtraído”.
A nota finaliza com agradecimento aos colaboradores pelo empenho no trabalho até o momento e que pode ser que “nos reencontraremos em melhores condições para a continuidade de uma bela história que todos nos ajudaram a escrever”.
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