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Confira as linhas que a Gardênia deixou de operar no Sul de Minas

Serviços foram suspensos temporariamente após fiscalização detectar falta de conforto e segurança e descumprimento de quadros de horários

Iago Almeida / 03 maio 2024
Confira as linhas que a Gardênia deixou de operar no Sul de Minas

Foto: SEINFRA / Divulgação

A Viação Gardênia deixou de operar temporariamente todas as linhas intermunicipais que atendem o Sul de Minas. Nesta quinta-feira (2/5), um balanço da Operação Ponto Final foi divulgado pela Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra).

Nos dias 29 e 30/4, a equipe de fiscais emitiu 44 autuações, com a retirada de circulação de 13 veículos da empresa. As abordagens foram realizadas simultaneamente no Terminal Rodoviário de Belo Horizonte (Tergip) e na rodoviária de Pouso Alegre.

Entre as infrações, foram identificados problemas mecânicos, irregularidades em itens de segurança e na documentação, além de descumprimento do quadro de horários.

Para assegurar o transporte dos usuários,os veículos retirados de circulação foram substituídos emergencialmente por ônibus de outras empresas que já possuem contrato de concessão com o Estado e operam em trechos na mesma região, além de possuírem frota e infraestrutura adequadas para o atendimento.

Em breve, a Seinfra realizará um chamamento público para selecionar empresas que já possuem contrato com a administração estadual e estejam interessadas em operar temporariamente as rotas suspensas da Gardênia.

Quais são as linhas suspensas?

As linhas que foram retiradas de circulação atendem os municípios de Cássia, Poços de Caldas, Passos, Guaxupé, São Sebastião do Paraíso, Itajubá, Varginha, Pouso Alegre, Alfenas, Lambari, Pouso Alegre, Congonhal e São Lourenço.

As viagens de Belo Horizonte para a região Sul de Minas serão operadas emergencialmente pela Gontijo. Os outros trechos serão realizados pelas viações Santa Cruz e Cambuí.

​Os passageiros que adquiriram passagens com a Gardênia precisam solicitar o reembolso do valor pago e efetuar a compra de novos bilhetes na empresa que está temporariamente responsável pelo trecho.

Saiba quais são os trechos onde foram suspensos os ônibus da Gardênia e confira quais empresas assumiram, segundo a Seinfra:

  • 1043 – Belo Horizonte – Itajubá – Empresa Gontijo de Transportes S/A
  • 1050 – Belo Horizonte – Cássia – Empresa Gontijo de Transportes S/A
  • 1075 – Belo Horizonte – Poços de Caldas – Empresa Gontijo de Transportes S/A
  • 1050-1 – Belo Horizonte – Passos Empresa – Gontijo de Transportes S/A
  • 1178A – Belo Horizonte – Guaxupé (Via BR 381) – Empresa Gontijo de Transportes S/A
  • 1119 – Belo Horizonte – São Sebastião do Paraíso – Empresa Gontijo de Transportes S/A
  • 3930 e 3930-1 – Itajubá – Varginha / Pouso Alegre – Varginha (ATP) – SC MINAS TRANSPORTES LTDA.
  • 1072 – Belo Horizonte – Alfenas v. Varginha – Empresa Gontijo de Transportes S/A
  • 3040 – Lambari / Pouso Alegre – SC MINAS TRANSPORTES LTDA.
  • 3803-1 – Congonhal – Pouso Alegre – (ATP) Cambuí
  • 1186 – Belo Horizonte / São Lourenço – Empresa Gontijo de Transportes S/A

DER e Seinfra fiscalizam e retiram de circulação ônibus da Gardênia, em Pouso Alegre – Imagem Danielle Moura Formaggio

Próximos passos

As equipes de fiscalização recolheram dados e informações que subsidiarão a abertura de procedimento administrativo para punição dos descumprimentos contratuais constatados. A Gardênia poderá recorrer, tendo um prazo para sanar as irregularidades e pleitear a retomada do serviço.

No total, a empresa atende 107 municípios do Sul de Minas, com cerca de nove mil viagens mensais e cerca de dois milhões de passageiros por ano. O secretário de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias, Pedro Bruno, destaca que a Seinfra seguirá com os trabalhos de fiscalização.

“Neste momento, vamos instaurar um procedimento administrativo para apurar se a Gardênia tem condições de continuar operando. É importante ressaltar que a população não será prejudicada, pois outras empresas seguirão atuando nas linhas emergencialmente”, reforça.

A operação Ponto Final foi motivada pela quantidade de reclamações dos passageiros, sendo a empresa campeã de queixas. Além disso, a operação é uma continuação de outra ação de fiscalização realizada nos dias 10, 11 e 12/4.


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