Polícia

Mulher que aplicou quase R$ 200 mil em golpes é presa pela Polícia Civil

Segundo a investigação, 15 vítimas já foram identificadas. O golpe de estelionato funcionava com uma falsa aplicação financeira.

Nayara Andery / 26 abril 2024

Jacutinga. Foto: reprodução Câmara Municipal

Uma mulher, de 48 anos, foi presa pela Polícia Civil por golpes que somam cerca de R$ 200 mil. A prisão e os golpes aconteceram em Jacutinga, Sul de Minas. Ela é investigada por estelionato, falsificação de documentos e lavagem de dinheiro.

São 15 vítimas identificadas até o momento. Segundo a PCMG, a mulher convencia as vítimas a repassar dinheiro para ela, que seria feito investimentos com rendimentos garantidos. A aplicação era feita em uma suposta corretora.

As primeiras denúncias do golpe foram de vítimas que procuraram a Delegacia da Polícia Civil, em 2023. O inquérito foi aberto e apurou que a investigada não investia o dinheiro recebido.

O golpe

Segundo a investigação, após convencer as primeiras vítimas, a mulher usava o dinheiro de novas vítimas para devolver parte do valor investido para quem entrou antes no esquema, caiu no golpe.

De acordo com o delegado Igor Henrique Curvello Grimaldi, assim, ela convencia as vítimas que a aplicação deu resultado e elas davam mais dinheiro para investir.

“A maior parte desses valores ficava com a investigada e a menor parte era dividida entre os investidores mais antigos, demonstrando assim um verdadeiro esquema de pirâmide”, afirma.

Ainda conforme a Polícia Civil, quando não conseguia repassar os supostos rendimentos, a mulher presa dizia que os investimentos teriam rendido um valor expressivo, mas que o dinheiro estava retido na Receita Federal aguardando o pagamento de impostos.

Para dar credibilidade, a suspeita falsificava documentos com símbolos da Receita Federal, Banco Central e até supostas comunicações de juízes do Tribunal de Justiça de São Paulo.

As vítimas ao verem esses documentos acabavam pagando as supostas guias de recolhimento, contudo os valores iam direto para a investigada, que com isso realimentava seu esquema de pirâmide a conseguia atrair outras vítimas.

Durante a investigação o delegado da comarca, Igor Curvello Grimaldi, representou pela decretação da quebra do sigilo fiscal e bancário da investigada. Com o fim das investigações, o delegado pediu a prisão preventiva da investigada.

A suspeita foi presa quando chegava em casa, sendo encaminhada para a delegacia de polícia e em seguida encaminhada para o Sistema Prisional.


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