Polícia

Sem crime: Polícia Civil conclui inquérito sobre morte de bebê de 1 ano e 10 meses

A polícia abriu investigação após médicos que atenderam a bebê indicarem suspeitas de maus-tratos. Inquérito foi arquivo por falta de indícios de crime.

Terra do Mandu / 27 março 2024

Delegacia Polícia Civil Pouso Alegre. Foto: Terra do Mandu

A Polícia Civil de Minas Gerais, informou nesta terça-feira (26/3), que concluiu o inquérito que investigava a morte de uma bebê de 1 ano e 10 meses, ocorrida em agosto do ano passado, em Monte Verde, distrito de Camanducaia.

De acordo com o inquérito, os laudos da perícia não apontaram qualquer tipo de violência. As conclusões do inquérito indicam que a morte de Eloá Maitê Rosa Chiguero se deu por causas naturais.

O inquérito foi arquivado por não apresentar sinais de crime, disse em nota a Polícia Civil.

Investigação aberta após suspeitas de maus-tratos

A Polícia Civil abriu o inquérito no dia 12 de agosto de 2023, um dia após a morte da criança, para investigar a suspeita levantada por médicos que atenderam a vítima na Santa Casa de Camanducaia e no Hospital das Clínicas Samuel Libânio, de Pouso Alegre.

Segundo o Boletim de Ocorrências da Polícia Militar, a mãe levou Eloá para o hospital de Monte Verde, depois que reparou que a filha estava suando em seu berço.

O quadro de saúde da bebê já era grave e foi encaminhada para a Santa Casa de Camanducaia, onde a médica plantonista relatou que a criança chegou colocando sangue pela boca e pelo nariz, além de já estar em coma. Lá ela foi entubada.

A médica ainda relatou que a criança tinha muitas fezes e urina na fralda e estava com desidratada. Ainda no BO, a plantonista citou vários hematomas na criança, nos quadris, nádegas, costela, além de edema no antebraço, e que ela precisaria ser transferida para o Hospital das Clínicas Samuel Libânio, em Pouso Alegre.

A criança então foi transferida para o hospital de Pouso Alegre, mas, ela acabou não resistindo e faleceu ainda na ambulância, chegando morta no HCSL.

Os pais da criança, de 24 e 28 anos, chegaram a ser presos pela polícia, mas acabaram liberados. A juíza responsável pelo caso, dra. Patrícia Vialli Nicolini, decretou o relaxamento da prisão e o casal foi liberado.

Sete meses depois, a Polícia Civil chegou a conclusão de que não houve maus-tratos e que a morte Eloá se deu por questões naturais e o inquérito foi arquivado por não apresentar indícios de crime.

Mais Lidas