Polícia

PRF prende pessoas que saquearam cargas na Fernão Dias

Segundo PRF, em dois dias mais de 100 pessoas furtaram cargas de acidentes na região. Um dos casos aconteceu enquanto caminhoneiro morreu no veículo.

Nayara Andery / 21 fevereiro 2024

Operação de combate a saque de cargas em acidentes na Fernão Dias terminaram com três pessoas presas e mais de dez autuações. A operação foi realizada pela Polícia Rodoviária Federal, em Itapeva e na região de Cambuí.

Uma carreta carregada com chocolate tombou na madrugada de segunda-feira (19/2), em Cambuí. “O caminhoneiro e duas filhas ficaram presos na cabine. Uma situação revoltante foi que mais de 120 pessoas saqueavam a carga, enquanto ele morreu no veículo”, diz o chefe da Delegacia Regional da PRF em Pouso Alegre, João Eustáquio Ramos.

“Prendemos uma pessoa que estava com as mercadorias em casa e alegou que estava guardando esses produtos. Uma investigação apura quem são as demais pessoas envolvidas.”

O segundo acidente foi na manhã de terça-feira (20/2), em Itapeva. Um caminhão que transportava margarina Qualy tombou e pessoas saquearam a carga que caiu na rodovia.

“Nesse caso prendemos dois saqueadores encapuzados, pelo crime de furto de mercadoria. E identificamos mais de dez veículos que foram autuados pelo perturbar a via, prejudicar o trânsito, com multa de mais de R$ 5 mil.”

A PRF trabalha junto com a concessionária Arteris, Polícia Militar e Polícia Civil para responsabilizar saqueadores. Para isso são usadas imagens do monitoramento da rodovia. “Estamos trabalhando para prender outros envolvidos.”

Perigos de saquear cargas

Saquear carga é crime de furto de mercadoria, destaca o chefe da PRF. Um outro problema é o risco de parar na rodovia em local de acidente, seja de carro, bicicleta ou a pé.

“Os saques de carga coloca em risco a vida dessas pessoas e de quem passa pela rodovia. Pode causar outro acidente com veículos, atropelamentos. E ainda atrapalha o trabalho de socorro, atendimento policial e o trânsito, pode até piorar os congestionamentos. As pessoas podem denunciar situações como essa para a PRF pelo 191.”

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