Política

Divergência entre Câmara e Prefeitura deixa servidores de Paraisópolis sem salários

Prefeito disse que dinheiro para o pagamento está nas contas da Prefeitura, porém, não há a aprovação do Legislativo; Câmara contesta

Iago Almeida / 07 dezembro 2023

Prefeito e vereadores de Paraisópolis, no sul de Minas, estão em meio a uma divergência, que tem gerado desconforto à população. Os servidores públicos municipais, que receberiam seus salários neste quinto dia útil de dezembro, vão ter que esperar mais dias para poder ter seu dinheiro e 13º terceiro.

Isso porque a prefeitura não tem valor em caixa para quitar os salários deste mês e terá que usar dinheiro de outras áreas, que segundo o Executivo não foi aproveitado, remanejando para o pagamento dos servidores.

O prefeito Éverton de Assis usou as redes sociais para justificar a situação, informando que o valor aprovado em orçamento pelos vereadores para 2023, foi menor do que vinha sendo aprovado em anos anteriores. Por isso, ele teve que pedir um acréscimo no orçamento, um valor extra, que precisa de aprovação dos vereadores.

Em nota, a Prefeitura de Paraisópolis informou que “o pagamento não foi realizado em razão da não aprovação, em duas votações, da suplementação pela Câmara Municipal, solicitada pelo Executivo em 10 de novembro. Vale ressaltar que o dinheiro para o pagamento está nas contas da Prefeitura, porém, não há a aprovação do Legislativo”, disse.

Ainda no vídeo, o prefeito disse que enviou um pedido de suplementação à Câmara, de 6%, no dia 10 de novembro, para que os salários fossem pagos. Este projeto foi aprovado pela Câmara, em primeiro turno, próximo do 5º dia útil de dezembro, o que, segundo o prefeito, vai causar atraso no pagamento dos salários dos servidores. O prefeito encerrou o pronunciamento criticando alguns vereadores da cidade.

Pelas redes sociais, o presidente da Câmara, Neto Felix, também se pronunciou sobre a votação do projeto e ainda citou que foi ameaçado por um dos vereadores da casa durante a sessão. Em conversa com o Terra do Mandu pelo WhatsApp, o vereador disse que tentou colocar o projeto em votação por duas vezes, mas que vereadores da oposição se levantaram e saíram do plenário.

Essa acusação de ameaça gerou discussão entre os parlamentares nas redes sociais; o vereador citado respondeu o presidente da Casa. Enquanto os políticos brigam na internet, os servidores continuam sem seus salários e criticam a situação. Uns defendem o Executivo, enquanto outros apoiam o Legislativo.

Outro vereador da base de oposição acusou o prefeito de ter gasto o dinheiro reservado para esses pagamentos aos servidores, em outras áreas da prefeitura.


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