Uma garçonete, de 30 anos, foi agredida dentro do local de trabalho dela em Estiva, no sul de Minas. O caso foi registrado por câmeras de monitoramento, na tarde do último domingo (03/12).
Nas imagens é possível ver que o homem estava jogando bilhar no local, um pesqueiro que fica no bairro da Grotinha, na zona rural. Em determinado momento, ele agride a mulher com um taco de sinuca; o taco quebra quando atinge a vítima, mas o homem continua a agredindo.
Ela tenta se esquivar, enquanto outros clientes que estavam no local só assistem a cena, sem fazer nada. O homem para as agressões depois de alguns segundos e sai do local. A mulher procurou a Polícia Militar e registrou um boletim de ocorrências.
Em contato com o Terra do Mandu ela contou que o homem trabalhou para ela como pedreiro, há cerca de um ano, e que já houve discussão entre ele e o marido dela, inclusive com agressões do mesmo autor. A família é de São Paulo e mora há 5 anos na zona rural de Estiva.
“Eu fui agredida por esse rapaz do vídeo, no meu local de trabalho, por causa de uma discussão há um ano, mais ou menos. Ele é nosso ex-pedreiro, nós pagamos tudo, não devemos nada a ele. Teve um tempo ele chegou a agredir meu esposo, mas não fizemos BO”, contou a mulher.
Ela contou ainda que o homem teria chegado no local por volta das 11h e que ficou consumindo bebida alcóolica até o momento das agressões, por volta das 16h. O homem ainda ameaçou a mulher de morte, segundo ela.
“Ele estava bebendo o dia todo, desde às 11h até o horário do acontecido, que foi 16h. Nisso ele quebrou um taco em mim e ficou me ameaçando: ‘eu não disse que eu ia te matar, eu vou te matar, eu vou acabar com sua vida, eu vou matar sua família”, contou a mulher.
A mulher enviou imagens ao Terra do Mandu mostrando hematomas pelo corpo; ela foi atingida nos braços, peito, mãos e ombros. Ela pede ajuda, pois o suspeito seria vizinho dela, o que aumenta o receio da família.
“Como a gente é da zona rural a gente fica com medo né. É pouco policiamento aqui. Ele mora de frente com a minha casa; a noite, se eu acender a luz da minha área, ele sabe que a gente está em casa, então a gente fica meio desprotegida”, relatou.
A mulher disse ainda que procurou a Delegacia de Polícia Civil nesta terça-feira (05/12), para pedir medida protetiva. Entretanto, ela não conseguiu registrar, pois a ferramenta é utilizada apenas em violência doméstica, o que não houve nesta ocorrência, segundo informou a Assessoria de Polícia Civil da região.
“Quem dá a medida protetiva não é a polícia. Quem gera é a Justiça. Pela lei, não cabe medida protetiva nestes termos, pois não é o que a lei prevê, que realmente é para violência doméstica”, explicou a assessoria.