Cachoeira de Minas – foto reprodução prefeitura
Um homem, de 41 anos, foi encontrado morto, na tarde deste sábado (25/11), em uma fazenda no bairro Bateia, zona rural de Cachoeira de Minas, no Sul de Minas. A perícia técnica da Polícia Civil constatou que Ronildo de Lima tinha marcas de tiros pelo corpo, além de outros sinais de violência.
Segundo relatos à Polícia Militar, Ronildo que era pedreiro e morava em Piranguinho, tinha saído de casa na sexta-feira, por volta das 19h, na companhia de outros três amigos, para caçar javali em uma área de Cachoeira de Minas, onde esse tipo de caça é permitida.
Porém, já na manhã deste sábado, os três amigos retornaram da caça e foram direto para a casa da esposa de Ronildo. Eles queriam saber se o amigo havia aparecido, voltado para casa.
Os caçadores contataram à esposa do pedreiro e também à PM, que, por volta das 21h de sexta-feira, Ronildo saiu correndo atrás dos cachorros de caça que eles tinham levado para a mata. Um dos amigos até pediu para Ronildo não ir, mas ele seguiu os cães, que retornaram mais tarde sem o caçador.
Depois de procurar a noite toda e não encontrar o amigo, os caçadores voltaram à Piranguinho para relatar o fato à esposa de Ronildo. A mulher, com a ajuda dos irmãos e dos amigos do marido, foram até ao destacamento da PM em Cachoeira de Minas e registrou um boletim de ocorrência de desaparecimento. Em seguida, os familiares foram para a zona rural procurar pelo pedreiro.
Já no final do dia, por volta das 17h, os familiares encontraram Ronildo de Lima já sem vida. Ele estava caído em meio a um mandiocal de uma propriedade onde a caça de javali não é permitida, segundo os próprios caçadores.
O perito da Polícia Civil que foi ao local encontrou projéteis de arma de fogo próximo ao corpo da vítima. Ronildo tinha, pelo menos, duas marcas de tiros. Na avaliação inicial é que o pedreiro estava morto há mais de 12 horas, quando o corpo foi encontrado.
Ainda segundo a polícia, o celular da vítima tinha sido subtraído e o rádio de comunicação para falar com os colegas de caça estava desligado, apesar de ainda estar com carga de bateria.
Segundo relatos à PM, apenas um dos amigos de Ronildo foi para a caçada com arma de fogo por ter licença de caçador e atirador desportivo (CAC). Os outros três caçadores, incluindo o pedreiro, utilizavam uma zangaia, uma espécie de lança com ponta na frente, própria para a caça de javalis.
O delegado de plantão da Polícia Civil, em Pouso Alegre, dispensou a necessidade de encaminhamento dos amigos de caça à delegacia. O corpo de Ronildo de Lima foi encaminhado ao IML de Pouso Alegre para mais análises do crime.