Polícia

Homem é morto a tiros enquanto caçava javali em Cachoeira de Minas

Pedreiro, de 41 anos, tinha saído para caçar com mais três amigos. Ele sumiu depois de seguir os cachorros. Vítima foi encontrada em fazenda, fora da área da caçada.

Magson Gomes / 26 novembro 2023

Cachoeira de Minas – foto reprodução prefeitura

Um homem, de 41 anos, foi encontrado morto, na tarde deste sábado (25/11), em uma fazenda no bairro Bateia, zona rural de Cachoeira de Minas, no Sul de Minas. A perícia técnica da Polícia Civil constatou que Ronildo de Lima tinha marcas de tiros pelo corpo, além de outros sinais de violência.

Segundo relatos à Polícia Militar, Ronildo que era pedreiro e morava em Piranguinho, tinha saído de casa na sexta-feira, por volta das 19h, na companhia de outros três amigos, para caçar javali em uma área  de Cachoeira de Minas, onde esse tipo de caça é permitida.

Porém, já na manhã deste sábado, os três amigos retornaram da caça e foram direto para a casa da esposa de Ronildo. Eles queriam saber se o amigo havia aparecido, voltado para casa.

Os caçadores contataram à esposa do pedreiro e também à PM, que, por volta das 21h de sexta-feira, Ronildo saiu correndo atrás dos cachorros de caça que eles tinham levado para a mata. Um dos amigos até pediu para Ronildo não ir, mas ele seguiu os cães, que retornaram mais tarde sem o caçador.

Depois de procurar a noite toda e não encontrar o amigo, os caçadores voltaram à Piranguinho para relatar o fato à esposa de Ronildo. A mulher, com a ajuda dos irmãos e dos amigos do marido, foram até ao destacamento da PM em Cachoeira de Minas e registrou um boletim de ocorrência de desaparecimento. Em seguida, os familiares foram para a zona rural procurar pelo pedreiro.

Já no final do dia, por volta das 17h, os familiares encontraram Ronildo de Lima já sem vida. Ele estava caído em meio a um mandiocal de uma propriedade onde a caça de javali não é permitida, segundo os próprios caçadores.

O perito da Polícia Civil que foi ao local encontrou projéteis de arma de fogo próximo ao corpo da vítima. Ronildo tinha, pelo menos, duas marcas de tiros. Na avaliação inicial é que o pedreiro estava morto há mais de 12 horas, quando o corpo foi encontrado.

Ainda segundo a polícia, o celular da vítima tinha sido subtraído e o rádio de comunicação para falar com os colegas de caça estava desligado, apesar de ainda estar com carga de bateria.

Segundo relatos à PM, apenas um dos amigos de Ronildo foi para a caçada com arma de fogo por ter licença de caçador e atirador desportivo (CAC). Os outros três caçadores, incluindo o pedreiro, utilizavam uma zangaia, uma espécie de lança com ponta na frente, própria para a caça de javalis.

O delegado de plantão da Polícia Civil, em Pouso Alegre, dispensou a necessidade de encaminhamento dos amigos de caça à delegacia. O corpo de Ronildo de Lima foi encaminhado ao IML de Pouso Alegre para mais análises do crime.


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