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Presidente da Câmara de SRS abre processo contra integrantes de coletivo de mulheres

Os desdobramentos para apuração de um possível caso de assédio sexual na Câmara Municipal de Santa Rita do Sapucaí ganharam novos capítulos. O presidente da casa, Reinaldo Galinho (Cidadania) abriu um processo contra três integrantes do coletivo marias.

Ele está pedindo indenização por danos morais, no valor de R$ 30 mil reais. O Terra do Mandu teve acesso ao documento apresentado pelo presidente, para a abertura do processo.

Nele, Reinando cita publicações feitas nas redes sociais, onde o coletivo compartilha uma caixinha de perguntas no instagram e a população manda diversos comentários. Mas, o presidente ainda anexou outras publicações realizadas pelo coletivo.

Atuando voluntariamente em Santa Rita do Sapucaí, o Coletivo Marias conta com mais de 70 mulheres. Uma das integrantes, a engenheira e ativista Marina Kallás, falou com nossa equipe e relatou a ação que está sendo movida contra ela e duas de suas colegas.

O caso de possível assédio

Lembrando que uma estagiária de 20 anos afirma ter sofrido assédio sexual do secretário-geral da Casa. Ela disse que o homem passava as mãos em suas pernas, barriga, tirava fotos dela, além de outros episódios que estão protocolados em seu depoimento.

A sindicância aberta pela Câmara durou 30 dias, ouvindo testemunhas e envolvidos, mas acabou sendo arquivada pelo presidente da Casa, que alegou falta de provas. A decisão deixou mulheres indignadas na cidade. Foi aí que o Coletivo Marias começou uma série de post de cobranças nas redes sociais, para que o processo fosse reaberto.

O coletivo vai pagar as custas do processo para duas integrantes, enquanto a terceira conseguiu um advogado probono. E uma vakinha também foi lançada pelo grupo, pedindo ajuda para arcar com os custos do processo, já que o coletivo trabalha de forma voluntária, sem fins lucrativos.

Investigações da Polícia Civil

O Terra do Mandu procurou Reinando Galinho, que informou, por meio da Assessoria de Comunicação da Câmara, que não iria se pronunciar sobre o assunto. Ainda no documento do processo, Reinaldo cita que o pedido de indenização é para compensar os ataques, que ele chama de injustos, proferidos a ele.

Além disso, disse ainda que os fatos estão sendo apurados pela Polícia Civil e caso a Justiça venha a decidir de maneira diferente, a Câmara acatará a decisão do Poder Judiciário.

As investigações por parte da polícia civil continuam, mas nenhuma novidade foi divulgada sobre o caso. Nós vamos continuar acompanhando o caso!