Motoristas reclamam das condições de algumas rodovias administradas pela EPR Sul de Minas. O problema principal é a MG-290, diz o comerciante Jefferson Luiz. O Terra do Mandu questionou o governador de MG, Romeu Zema, sobre o assunto. Ele inaugurou uma fábrica em Pouso Alegre nesta terça-feira (05/09).
A MG-290 e MG-173 tiveram buracos que receberam as obras no primeiro semestre. Nesta semana a concessionária completou seis meses de administração de uma área com rodovias estaduais e a BR-459, que foi estadualizada.
Jefferson é morador de Inconfidentes e usa a MG-290 diariamente. Ele faz parte de um grupo de moradores que antes mesmo da concessão cobrava do governo melhorias na MG-290. O problema segundo ele, é a qualidade do serviço realizado até o momento.
“É péssima a qualidade do serviço nessa rodovia. Pitam o asfalto com tinta que já apagou em alguns trechos e conserta um trecho e outro, mas ainda tem problemas. Pouso Alegre luta há mais de um ano com falhas na obra da Dique 1 com essa mesma empreiteira.”
O governador citou que a qualidade das rodovias no estado é uma das dificuldades para ampliar a geração de renda em Minas. “Ainda temos que recuperar estradas. Hoje algumas indústrias reclamam que o caminhão, o transporte trepida muito, danifica a produção.”
O Terra do Mandu questionou Zema sobre as reclamações da situação de rodovias licitadas pelo estado no Sul de Minas. Ele diz que o governo acompanha as concessões, além de cobrar das empresas agilidade e qualidade no serviço.
“Quando se trata de concessão a empresa tem todo o interesse em fazer com qualidade pois ela vai ficar com essa rodovia durante 30 anos. É uma preocupação nossa fazer que as empresas tudo que foi pactuado”, acrescenta Zema.
A MG-290, começa em Pouso Alegre e corta o Circuito das Malhas em direção ao estado de São Paulo. Ela é conhecida como rodovia da morte. Essa via não tem acostamento e registra frequentemente acidentes.
Para quem usa o trecho, a implantação de acostamento traria mais segurança. A instalação é prevista para determinados trechos, mas na próxima etapa do contrato, cita a EPR. Luiz questiona “não temos nem acostamento e nem uma estrada boa para rodar? Aí é demais.”
A EPR respondeu à reportagem que cumpre o cronograma de recuperação das rodovias conforme previsto no contrato. Em 2023 e 2024, “devem ser feitos trabalhos iniciais de correções e manutenção nos pavimentos e drenagem da via, revitalização da sinalização, além constante ampliação da segurança viária em toda extensão da malha concedida”.
Segundo a concessionária, os investimentos terão soluções de engenharia de ponta para as demandas de cada região. A primeira etapa têm cronograma progressivo de obras em todas as rodovias administradas pela EPR Sul de Minas.
Os trabalhos são progressivos a partir dessa primeira etapa da concessão e cobrirão toda extensão da malha concedida.
A partir de 2025 terão início os trabalhos de recuperação estrutural de pavimento e as obras de melhoria e ampliação da capacidade de tráfego. Estas irão ocorrer de forma cadenciada, em cada umas das vias, também seguindo os prazos estipulados no contrato.
“Temos hoje um parque de rodovias velho”, diz Zema
O governador está no quinto ano de mandato e na entrevista atribuiu as condições de rodovias em MG ao Governo Federal e ao governador anterior. “Temos 52 frentes de obras em MG. A cada mês o percentual de rodovias ruíns diminui, tende a zerar com o tempo.”
Zema acrescenta que a recuperação da malha viária “é um trabalho de dois, três anos mas que está acontecendo. Porque durante mais de dez anos a única operação que tivemos em MG nas rodovias foi tapa buracos. Temos hoje um parque de rodovias velho e que qualquer período chuvoso causa grandes danos”.