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Mãe que perdeu filha recém-nascida quer ajudar outras famílias com o luto na região

Viúvo é quem perde o cônjuge, órfão é quem perde os pais, mas como se chama quem perde o filho? Sem uma nomeação, o luto parental pode ser visto como um “sofrimento não reconhecido”. Por isso, muitas famílias buscam ajuda para lidar com a perda.

Foi o caso da Professora de Libras, de 38 anos, Patrícia Lopes. Há cerca de 11 meses ela perdeu a filha recém-nascida. Após a perda, Patrícia precisou lidar com o luto, foi aí que ela buscou ajuda através da ONG Amada Helena, que tem sede no Rio Grande do Sul, mas atua em todo país.

Foi com essa ajuda que ela superou sua dor e viu a possibilidade de ajudar mais pessoas que passam pela mesma situação. Como Julho é reconhecido como o Mês de Conscientização do Luto Parental, a professora resolveu trazer para Pouso Alegre e região as ações que a ajudaram em um dos momentos mais difíceis de sua vida.

Esta é a primeira vez que a ação acontece em Pouso Alegre, mas se depender de Patrícia, esse é só o começo. Quem precisar de ajuda, pode acionar tanto a ONG, quando a professora, pelas redes sociais: ONG (ong.amadahelena) / Patrícia (patriciadecamposlops).

Segundo dados do DATASUS, entre os anos 2015 e 2020, o número total de óbitos fetais no Brasil foi de 182.612 casos. Somente em 2018, a violência tirou a vida de 30.873 jovens, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

O movimento é promovido para honrar os filhos que morreram e homenagear sua memória, fomentando o apoio social às famílias que tentam sobreviver após a morte de um filho.