APAC faz campanha para construir cozinha para capacitar recuperandos. Foto Terra do Mandu.

É com a mão na massa que muitos recuperandos do sistema prisional ganham a profissionalização na APAC Masculina, em Pouso Alegre. A instituição atende 200 recuperandos. Uma campanha pede ajuda para construir a cozinha profissional para capacitação culinária e salgaderia.

A obra de 250 metros quadrados fica na sede da APAC. O valor é de R$ 300 mil, mas a instituição tem R$ 100 mil e conta com o apoio de pessoas e empresas para continuar o projeto. A obra iniciada em 12 de junho tem previsão de conclusão em dezembro de 2023.

Com a sala pronta e equipada será possível dobrar as capacitações do setor culinário que a APAC oferece, cita o gerente geral Valdeci Augusto da Silva. Atualmente a instituição conta com uma cozinha antiga e pequena e uma padaria. “Com a nova cozinha industrial vamos cumprir as exigências da Vigilância Sanitária e de acordo com a profissionalização que vamos oferecer.”

O encarregado administrativo da APAC, Ronaldo Coutinho, explica que pessoas e empresas podem ajudar. O PIX para doações é (35) 99968-3109. Quem quiser doar materiais de construção deve entrar em contato pelo (35) 3429-8122.

José Benedito é recuperando e está na APAC há três anos. Ele que durante mais de 15 anos trabalhou em lanchonetes e restaurantes, hoje faz curso de culinária na Apac enquanto aguarda a liberdade com o alvará de soltura previsto para 2024. Ele pretende trabalhar na área e abrir a própria empresa.

O objetivo da instituição é transformar vidas e reinserir os recuperandos na sociedade por meio do trabalho. Eles trabalham na horta e lavouras, participam de cursos de mecânica, marcenaria, artesanato, panificação e culinária. Todos produtos que eles fazem são vendidos e ajudam a manter a instituição. Na padaria da APAC são produzidos em média 10 mil pães por dia, vendidos para a rede municipal de ensino e 30 empresas e hospitais.

O setor alimentício é o que mais emprega recuperandos que cumprem a pena e recebem o alvará de soltura. Mais de 30 deles trabalham no setor e outros estão em diversas áreas. Para Valdeci, a nova cozinha significa muito mais do que ampliar a sala de aula, mas vai trazer novas oportunidades para cada vez mais recuperandos.