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Vídeo mostra briga e agressões entre adolescentes em escola de Pouso Alegre

Um vídeo que circulou nas redes sociais nesta semana mostra uma briga entre adolescentes, que aconteceu na Escola Municipal Pio XII, no bairro Cidade Jardim, em Pouso Alegre. O vídeo foi gravado por alunos que presenciaram a confusão.

O caso aconteceu na última sexta-feira, 30 de junho. Em nota, a Secretaria de Educação confirmou o acontecido e informou que “houve uma mútua agressão entre adolescentes que se desentendem fora do ambiente escolar e vieram a praticar agressão física dentro do ambiente escolar”. A mãe de uma das envolvidas nega que o desentendimento começou fora da escola.

Ainda segundo a nota, as famílias das envolvidas foram convocadas e compareceram na mesma manhã para tomar conhecimento e participarem de uma solução viável junto aos adolescentes. Além disso, a pasta disse que não tolera atos como o que ocorreu no fim de semana.

“O conflito entre os alunos envolvidos foi prontamente solucionado na manhã do acontecimento, momento em que houve a convocação das famílias para conciliarem a medida cabível para o caso. O vídeo propagado nas mídias sociais não corresponde às condutas aceitas por esta Secretaria Municipal de Educação, a qual não tolera a transgressão das regras sociais, atos de violência, tortura, abusos e discriminação”, citou.

Também esteve presente com a gestão da escola, a Polícia Militar e a orientadora pedagógica da Secretaria de Educação Municipal. A secretaria confirmou que foi feita uma reunião com todos, na presença da polícia, que pontuou as questões legais que o fato envolvia.

“Os fatos foram apurados pelas autoridades de segurança pública que instruíram sobre as questões legais, na data do ocorrido, com a presença da orientação pedagógica da Secretaria Municipal de Educação”, disse.

A secretaria informou ainda que a ocorrência de medidas administrativas, pedagógicas e sociais foram tomadas desde a matrícula dos alunos na instituição escolar, visando dar cumprimento às normas de regimento escolar.

“Pressupondo os fatores intraescolares, a gestão escolar tomou todas as providências cabíveis, considerando o histórico dos envolvidos, realizando todas as intervenções pedagógicas e trazendo a todo o momento a comunidade dos pais com o intuito de dar conhecimento quanto ao desempenho e comportamento de nossos alunos”, explicou. Veja a nota completa da secretaria de Educação, ao final da matéria.

Também por meio de nota oficial, a direção da escola, através da diretoria, citou que recebeu o vídeo que mostra a agressão entre as alunas e disse que a escola não se omite em resolver quaisquer problemas.

Mãe de uma das envolvidas falou com o TM

A mãe de uma das adolescentes envolvidas na briga conversou com o Terra do Mandu por telefone, citando que não é a primeira vez que a filha foi agredida na escola. Ela afirmou que chegou a avisar a escola sobre uma possível agressão, um dia antes da confusão, mas que não foi ouvida.

“A minha menina já vem sofrendo bullying, ofensas, xingamentos, palavras de baixo calão, violência dentro da escola já há muito tempo. A gente vai na diretoria, fala manda bilhete, vai na secretaria de educação, só que agora chegou um ponto que não dá mais”, disse a mãe.

“Há uns três meses, a minha menina sofreu agressão na escola, e a menina deferiu socos na cabeça dela. Me ligaram, trouxeram ela na porta da minha casa e falaram que iriam resolver. Duas semanas foram tranquilas, depois começaram as provocações, xingamentos e ameaças de novo. Foi indo, nada de ser resolvido pela direção da escola. Tanto meu menino, quanto a minha filha, receberam ameaças; a menina falou que ia arrebentar eles e que se fosse preciso matar, iria matar eles. Eu como mãe, entrei em contato com a escola e falei para eles; a escola falou que iria averiguar, mas não me retornou”, disse a mãe.

Este aviso, segundo a mãe, foi dado na quinta-feira antes de mais uma confusão no ambiente escolar. A mãe citou que o filho mais novo, que estuda na mesma escola, recebeu um mata-leão durante a briga e que mesmo caído e desmaiado, continuaram a sufocar o garoto.

“Meu menino está com transtorno de ansiedade, crise de pânico depois disso, não quer voltar para a escola. Ele está queimando de febre psicológica, a médica deu uma semana para ele ficar em casa, mas ele está sem condições nenhuma de estudar”, completou a mãe.

A mulher contou que fez um Boletim de Ocorrências e foi atrás do conselho tutelar. Após a briga, ela ainda descobriu que o filho tinha levado um objeto cortante para a escola no dia da briga, com medo de ser agredido; ele não usou o objeto e a mãe afirmou que conversou com ele sobre o ato errado, uma vez que ele não vive violência dentro de casa, segundo ela.

O Terra do Mandu não conseguiu contato com a família da outra adolescente envolvida na briga; o espaço segue aberto, caso a família queira se pronunciar para atualizarmos a matéria. 

Nota da Secretaria de Educação, na íntegra

“A Secretaria Municipal de Educação esclarece que diante dos fatos ocorridos na data de 30 de junho de 2023 na unidade escolar Pio XII, localizada no bairro Cidade Jardim, na cidade de Pouso Alegre que o conflito entre os alunos envolvidos foi prontamente solucionado na manhã do acontecimento, momento em que houve a convocação das famílias para conciliarem a medida cabível para o caso.

Os fatos foram apurados pelas autoridades de segurança pública que instruíram sobre as questões legais, na data do ocorrido, com a presença da orientação pedagógica da Secretaria Municipal de Educação.

Registramos que a ocorrência de medidas administrativas, pedagógicas e sociais foram tomadas desde a matrícula dos alunos na instituição escolar, visando dar cumprimento às normas de regimento escolar.

Pressupondo os fatores intraescolares, a gestão escolar tomou todas as providências cabíveis, considerando o histórico dos envolvidos, realizando todas as intervenções pedagógicas e trazendo a todo o momento a comunidade dos pais com o intuito de dar conhecimento quanto ao desempenho e comportamento de nossos alunos.

O vídeo propagado nas mídias sociais não corresponde às condutas aceitas por esta Secretaria Municipal de Educação, a qual não tolera a transgressão das regras sociais, atos de violência, tortura, abusos e discriminação.

As ações alcançadas pela escola visam a observância às normas de Regimento Unificado da Rede Municipal, o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Lei de diretrizes e bases da Educação. A unidade escolar tem a atribuição de realizar todas as ocorrências com o objetivo de registrar o desenvolvimento dos alunos, sobretudo, em colaboração ao progresso das atividades escolares.

Desse modo, em solidariedade aos anseios e repercussões vivenciadas pelos nossos alunos, nos colocamos à disposição para um diálogo efetivo em relação a eventuais conflitos existentes após o fato, em prol da proteção da educação, da dignidade, do respeito e da imagem da criança e do adolescente”.