Terra do Mandu – Notícias de Pouso Alegre e região

Pouso Alegre soma 37 casos confirmados de Dengue e Chikungunya

Foto: PMPA

Os casos de dengue e Chikungunya vêm crescendo nas últimas semanas em todo território de Minas Gerais. No Sul de Minas, várias cidades registram casos, enquanto outras estão em situação de alerta para as doenças.

Epidemia em algumas regiões

Algumas regiões do estado estão vivendo uma epidemia, segundo o governador Romeu Zema, e o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti. O caso é mais grave nas regiões do Norte de Minas, Triângulo Mineiro e na Região Metropolitana.

Zema informou que o Governo Federal atrasou a compra de um inseticida usado no combate ao mosquito que propaga a dengue, a chikungunya e a zika. Em entrevista nesta segunda-feira (28/03), ele disse que o produto não chegou até hoje.

Vale destacar que o inseticida combate apenas o mosquito transmissor, não as larvas, que são cultivadas em águas paradas. Por isso, o secretário afirmou que a maior parte da responsabilidade é da população, já que “mais de 80% dos focos de mosquitos estão dentro de casa.

Foto: PMPA

No sul de Minas, mortes foram confirmadas pela SES-MG em duas cidades, uma em Passos e uma em São Sebastião do Paraíso. A prefeitura de Lavras também confirmou uma morte da doença, que ainda não entrou nos números do estado.

Recentemente foi divulgado o primeiro Levantamento Rápido de Índices para o Aedes Aegypti (Lira) deste ano, que mostrou que 17 cidades do Sul de Minas estão com o índice de infestação predial elevado. A maioria desses municípios estão na região de Passos.

Quase 39% do estado apresentou índice igual ou superior a 4, enquanto outros 40% dos municípios ainda estão em alerta para o risco. A SES explica que acima de 4 pontos significa alto risco de infestação; o índice satisfatório é menor que 1.

Na Regional de Saúde de Pouso Alegre, de 50 municípios, 11 estão com índice de infestação acima de 4. Andradas (9.8), Cambuí (8.8) e Pouso Alegre (7.4) lideram. Na Regional de Alfenas, a cidade de Poço Fundo é a líder (5.4).

Números e ações em Pouso Alegre

Em Pouso Alegre, segundo dados da Secretaria Municipal, existem 160 casos notificados de Dengue, sendo 30 deles confirmados. Já de Chikungunya são 9 casos notificados, sendo 7 confirmados. Veja detalhes na tabela divulgada pela prefeitura:

Vale destacar que autóctones são os casos que se contaminaram dentro do município, sem viagem no período. Não autóctones são os pacientes que tiveram histórico de viagem, com grandes chances de ter contraído a doença fora do município.

Por isso, a prefeitura iniciou o “fumacê” em pontos da cidade, que tem o objetivo de combater o mosquito Aedes Aegypti. Este procedimento está sendo realizado nos bairros onde tem casos suspeitos de dengue; a administração não revelou quais são os bairros.

“No período considerado epidêmico, de novembro a maio, as ações das equipes de combate às endemias são intensificadas, priorizando as áreas com maior incidência de infestação de Aedes Aegypti e em localidade de casos suspeitos ou confirmados da doença. As ações desenvolvidas são: bloqueio de transmissão (fumacê), intensificação nas visitas nas residências e também retornamos com as reuniões do Comitê de Arboviroses com representantes de diversos órgãos para reforçar fluxograma, ampliar informações e etc”, destaca a Secretaria de Saúde, Sílvia Regina.

Foto: PMPA

A aplicação do produto é feita em dois ciclos no quarteirão onde foram identificadas as suspeitas e a equipe solicita aos moradores a autorização para entrada nos quintais (não sendo realizada a aplicação nos cômodos internos) e que deixem portas e janelas abertas.

“Após a constatação o paciente é notificado e nós do combate às endemias, somos acionados para a realização do fumacê que visa combater o mosquito já em fase adulta”, explica a Supervisora de Agentes de Endemias, Andreia da Silva Mirati.

“Estes cuidados são importantes para preservar a saúde das pessoas e favorecer a ação do inseticida aplicado. A colaboração dos moradores é fundamental para que os mosquitos não continuem a disseminar as doenças na comunidade”, pontua a Supervisora.

Denúncias

Denúncias de locais que possam ser criadouros do Aedes Aegypti podem ser feitas por meio da Ouvidoria.

Orientações