A Polícia Civil realizou a operação Red Light para combater a prostituição e posse irregular de arma de fogo, em Poço Fundo. A investigação apontou que dois bares mantinham quartos anexos, com a prostituição de mulheres. O proprietário de um bar, um homem de 55 anos, foi preso em flagrante com uma pistola calibre 22 e 54 munições. A operação aconteceu no sábado (25/03) nos bairros Nova Gimirim e São Benedito.
O delegado Eder Neves, detalha que a investigação começou há seis meses após denúncias da população. “Os locais monitorados estão em bairros residenciais e um fica na praça atrás de uma igreja. A prostituição acontecia à luz do dia e à noite. A investigação é de crime de rufianismo, art. 230 do Código Penal, com proveito direto da prostituição alheia, além do crime de posse de arma de fogo.”
Com mandados de busca e apreensão, a equipe com dez policiais civis invadiu os dois bares ao mesmo tempo. A ação teve apoio da Polícia Militar. “Surpreendemos os donos que são investigados e frequentadores. As mulheres que estavam no local se autodeclararam prostitutas. Elas têm cerca de 40 anos. Uma é de Pouso Alegre e duas são de Itajubá. Apreendemos drogas, arma e munições.”
Operação e situação das mulheres
Red Light significa Luz Vermelha. O nome em inglês foi escolhido para a operação em Poço Fundo por se referir ao bairro de Amsterdã (capital da Holanda) que abriga vitrines com profissionais do sexo e o Museu da Prostituição.
“Percebemos que principalmente nos finais de semana garotas de programa de outras cidades ficavam em quartos anexos a esses bares aqui de Poço Fundo. Em um sobrado, o bar funcionava embaixo e em cima eram os quartos. No outro local, o bar fica na frente e os quartos são nos fundos”, detalha o delegado.
Uma das mulheres foi presa no bairro São Benedito com cinco microtubos de material semelhante á cocaína, que será periciado. Ela disse à polícia que é usuária de drogas e foi liberada após assinar um termo de compromisso. Um inquérito vai apurar se ela é traficante. Um cliente do bar estava com dois papelotes de cocaína e foi ouvido e liberado após assinar um termo de compromisso com a polícia. As outras duas mulheres presas na operação foram ouvidas e liberadas.
O homem preso com a pistola no bairro Nova Gimirim não tinha registro de posse e porte da arma. O delegado esclarece que a pistola estava carregada e foi apreendida com as munições encontradas no local. Ele foi liberado após pagar fiança de R$ 4 mil. A Polícia Civil dá sequência à investigação para apurar o envolvimento dele e do proprietário do outro bar em relação ao crime de rufianismo, bem como a posse ilegal de arma.