Foto: Cemig

A Cemig informou nesta semana que estelionatários e pessoas de má-fé estão usando diferentes abordagens, inclusive utilizado o nome da Justiça Federal, para aplicar golpes no Sul de Minas, inclusive em Pouso Alegre.

“Os clientes devem ficar atentos às formas de pagamento e de cobrança feitas pela Cemig para evitar se tornar vítimas. Recentemente, na cidade de Três Corações, foram identificadas tentativas de golpe por meio de contato telefônico, aplicado contra estabelecimentos comerciais, como padarias, açougues e comerciantes em geral”, informou a empresa.

Como acontece o golpe?

De acordo com a Cemig, os estelionatários ligam para o cliente Cemig e dizem ser representantes da “4ª Vara Federal” ou da “Justiça Federal” e que a ligação é para cobrar um possível débito existente. Afirmam que, se a dívida não for paga em um prazo curto, a Cemig retirará imediatamente o medidor de energia do local.

Após o contato, o cliente recebe um boleto bancário com dados falsificados, por e-mail ou WhatsApp, em nome de empresas ou pessoas físicas que não pertencem à “Cemig Distribuição”. Vale enfatizar que o Poder Judiciário não liga para nenhum cliente para fazer cobrança financeira e muitos menos para retirar medidores de energia elétrica.

Geralmente, essa ligação é feita por meio de um telefone 0800, sendo três os números mais comuns utilizados pelos estelionatários: 0800-878-7751, 0800-591-3065 e 0800-878-9783. O esquema é conhecido como “Golpe da 4ª Vara Federal”.

O gerente de Recuperação de Receita da Cemig, Wellington Cancian, explica que as equipes da Cemig são treinadas para confirmar os dados cadastrais dos clientes bem como dos débitos que motivaram a ligação, reforçando a veracidade da sua atuação.

“Além disso, os clientes que possuem débitos cobrados judicialmente pela Cemig são formalmente notificados pela Justiça para se manifestarem sobre a cobrança. Essa notificação é realizada, normalmente, por correspondência, ou via oficial de justiça – dificilmente por telefone. Para se prevenir contra esses atos fraudulentos, recomendamos aos nossos clientes que, no momento do pagamento, confiram os valores e a empresa que emitiu a fatura.  Os clientes devem desconfiar se alguma informação não estiver correta e, caso não esteja, consulte os canais de atendimento da Cemig para se informar sobre o débito que está sendo cobrado e se a forma da cobrança está autorizada pela Cemig”, alerta.

Em outra situação identificada nas cidades de Pouso Alegre e Andradas, comerciantes estão sendo abordados por indivíduos que se passam por funcionários da Cemig e alegam haver multa por irregularidade no padrão.  Os golpistas exigem o pagamento imediato da suposta multa por meio de transferência bancária, e ameaçam retirar o medidor de energia do local.

Como evitar?

Para evitar este tipo de golpe, é importante o cliente saber que uma suposta irregularidade nos equipamentos de medição não resulta em faturamentos (cobranças) imediatas, sendo instaurado um processo administrativo onde há o direito de ampla defesa. Em caso de dúvidas, o cliente deve entrar em contato com a Cemig para esclarecimento.

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Ao receber qualquer cobrança, a Cemig recomenda que os clientes liguem imediatamente para o “Fale com a Cemig”, por meio do número 116, para verificação da autenticidade do contato. Além disso, a consulta de valores pendentes pode ser realizada por meio do WhatsApp (31-3506-1160), Telegram (@cemigbot), por SMS pelo número 29810 e, também, pelo App Cemig Atende e Agência Virtual (https://atende.cemig.com.br/Login).

Em caso de divergência nas informações ou dúvidas quanto à veracidade das informações do documento de pagamento, recomendamos aos clientes não prosseguirem com a transação, devendo cancelar qualquer pagamento que apresente destinatário distinto da Cemig Distribuição S.A., sob CNPJ 06.981.180/0001-16.

Na hipótese de o cliente ter sido vítima da atuação fraudulenta de terceiros, recomendamos a sua atuação junto às autoridades policiais competentes, como a Delegacia Especializada em Investigação de Crimes Cibernético da Polícia Civil, seja fisicamente ou por meio do canal http://www.policiacivil.mg.gov.br, com a emissão de Boletim de Ocorrência (B.O.) para buscar o ressarcimento do dano junto aos responsáveis pelo ato criminoso.