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Mais de 230 custodiados e jovens do socioeducativo fazem o Enem PPL na região

Enem PPL é gratuito, de participação voluntária e está sendo aplicada nesta terça e quarta-feira; veja dados de Pouso Alegre, SRS e Itajubá

Iago Almeida / 11 janeiro 2023

Foto: Divulgação / Sejusp

Os sistemas prisional e socioeducativo em Minas Gerais estão aplicando, nesta terça-feira (10/01) e quarta-feira (11/01), o Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL). São mais de 230 na região do extremo Sul de Minas (região de Pouso Alegre).

Ao todo, 154 unidades prisionais de Minas (entre presídios, penitenciárias e Apacs) e oito unidades de internação de adolescentes em conflito com a lei participam da aplicação da prova, que é organizada pela Diretoria de Ensino e Profissionalização do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) e pela Subsecretaria de Atendimento Socioeducativo, da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).

Seguem o número de candidatos inscritos nas cidades da região:

  • APAC de Pouso Alegre: 17
  • APAD Feminina de Pouso Alegre: 18
  • Presídio de Pouso Alegre: 65
  • Presídio de Itajubá: 95
  • Presídio de Santa Rita do Sapucaí: 48

Ao todo, 154 unidades prisionais de Minas (entre presídios, penitenciárias e Apacs) e oito unidades de internação de adolescentes em conflito com a lei participam da aplicação da prova, que é gratuita e de participação voluntária.

Vale destacar que a prova é organizada pela Diretoria de Ensino e Profissionalização do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) e pela Subsecretaria de Atendimento Socioeducativo, da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), sendo uma realização do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Foto: Divulgação / Sejusp

Como é a avaliação?

Este ano, são 5.126 custodiados fazendo as provas em unidades prisionais de todas as regiões do estado. No último exame, o número de inscritos foi 4.981. A primeira prova, aplicada na terça, foi de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Redação e Ciências Humanas e suas Tecnologias. Enquanto isso, na quarta, foi dia de Ciências da Natureza e Matemática e suas Tecnologias.

Vale lembrar que as provas do Enem PPL têm o mesmo nível de dificuldade do Enem regular. A única diferença é que o exame é realizado dentro de unidades prisionais e socioeducativas indicadas pelos respectivos órgãos de administração prisional e socioeducativa de cada unidade da federação.

Os resultados do Enem PPL deverão possibilitar a constituição de parâmetros para a autoavaliação do participante, com vistas à continuidade de sua formação e a sua inserção no mercado de trabalho; a criação de referência nacional para o aperfeiçoamento dos currículos do ensino médio; a utilização do exame como mecanismo único, alternativo ou complementar para acesso à educação superior, especialmente a ofertada pelas instituições federais de educação superior; o acesso a programas governamentais de financiamento ou apoio ao estudante da educação superior; a sua utilização como instrumento de seleção para ingresso nos diferentes setores do mundo do trabalho e o desenvolvimento de estudos e indicadores sobre a educação brasileira.

Sistema socioeducativo

O exame também está sendo aplicado em oito centros socioeducativos do estado e na Apac Juvenil de Frutal. Ao todo, 63 adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa estão inscritos e fazem a prova nestes dois dias de Enem.

O exame está sendo realizado nos centros socioeducativos de Passos, Uberlândia, Unaí, Ribeirão das Neves, Teófilo Otoni, Montes Claros, Governador Valadares e no São Jerônimo – em Belo Horizonte.

Para a subsecretária de Atendimento Socioeducativo, Giselle da Silva Cyrillo, “a realização do Enem para as pessoas privadas de liberdade é um resultado exitoso da articulação da intersetorialidade e da integração das políticas públicas necessárias à responsabilização e ressocialização do indivíduo privado de liberdade, sendo a maior delas, por excelência, a educação. Portanto, é um momento que consolida um caminho para que o adolescente possa se responsabilizar e se reintegrar de forma produtiva e positiva na sociedade, com novas oportunidades, sendo o protagonista a partir dessa oportunidade, no âmbito das políticas de privação de liberdade”.

 

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