Hospital Samuel Libânio realiza procedimento inédito no Sul de Minas
Foi o sétimo procedimento do tipo realizado em todo estado de MG; ele ajuda nos casos de angioplastia, quando há lesões muito calcificadas
Iago Almeida / 15 dezembro 2022Foi o sétimo procedimento do tipo realizado em todo estado de MG; ele ajuda nos casos de angioplastia, quando há lesões muito calcificadas
Iago Almeida / 15 dezembro 2022Usando uma tecnologia recente e moderna que chegou ao Brasil em julho deste ano, o Hospital das Clínicas Samuel Libânio realizou um procedimento inédito no Sul de Minas, em novembro. A Litotripsia endovascular ajuda nos casos de angioplastia em pacientes com lesões muito calcificadas.
O procedimento foi realizado no dia 25/11 pelos médicos do Serviço de Hemodinâmica do Hospital das Clínicas Samuel Libânio (HCSL) e salvou a vida de um paciente de 70 anos. Sendo a primeira vez no Sul de Minas, foi o sétimo procedimento do tipo em todo estado.
“Usamos um dispositivo que ajuda nos casos de angioplastia em pacientes com lesões muito calcificadas. A nova tecnologia consiste na emissão de ondas pressóricas de litotripsia dentro do vaso. Portanto, podemos usar essa nova tecnologia em casos mais complexos com implantes de stents e válvulas nos pacientes. Em seguida, conseguimos facilmente descer um stent e dilatar a artéria com mais facilidade”, explica o médico cardiologista, Alan Nascimento Paiva.
Primeiramente, a equipe fez um cateterismo no paciente para detectar a obstrução e observar a calcificação. Esse procedimento também pode ser realizado por imagens intravasculares já utilizadas no HCSL. Por meio dos exames, os médicos fazem a opção pelo uso do dispositivo.
“Quando as pessoas vão envelhecendo, as artérias vão ficando cada vez mais calcificadas. A carga de cálcio é muito grande nas artérias em alguns casos e isso impossibilita e chega até a impedir a dilatação da lesão e a implantação do stent. Durante o procedimento, colocamos um balãozinho na lesão, no local calcificado que precisa ser tratado, onde insuflamos baixa pressão. Esse balão é ligado em um gerador de energia chamado shockwave, que emite ondas pressóricas que quebram o cálcio”, esclarece Dr. Alan.
O médico cardiologista Vicente Paulo Resende Jr, que atua também no serviço de hemodinâmica, afirma que atualmente o HCSL está apto para realizar procedimentos de alta complexidade, não devendo nada a hospitais de capitais.
“São vários benefícios para os pacientes como o sucesso maior na implantação do stent, evitando casos de trombose e reestenose. Com o dispositivo, quebramos o cálcio e dilatamos a artéria com uma facilidade incrível”, afirma Dr. Vicente.
O HCSL está preparado e equipado para atuar e resolver integralmente as patologias cardíacas, desde as mais simples até as mais complexas, como mostrado recentemente. Os serviços de anestesia, ecocardiografia, enfermagem altamente qualificados que auxiliaram esse procedimento, são apenas alguns exemplos de competência de profissionais que atuam no Hospital das Clínicas Samuel Libânio.
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