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Detentos trabalham para diminuir pena e ajudar familiares em Pouso Alegre

Detentos trabalham para diminuir pena e ajudar familiares em Pouso Alegre

 

Proporcionalmente ao número de pessoas presas, Minas Gerais é o estado do Sudeste com o maior número de custodiados trabalhando. Em Pouso Alegre, cerca de 70 detentos atuam para três empresas privadas, que fizeram parceria com o sistema prisional.

Uma dessas empresas é a Polibrás, que produz material para escolas e escritórios. No presídio de Pouso Alegre, são 35 mil peças montadas e embaladas pro dia, desde 2018, quando a empresa iniciou a parceria.

Quem lidera a equipe também é um dos detentos. Jeferson Henrique dos Santos está trabalhando no galpão há um ano e seis meses, sendo nove deles como líder.

Muitos abraçam a possibilidade do trabalho como uma ocupação, uma vez que ficam o dia todo fechados dentro da unidade prisional. São momentos em que eles podem se sentir úteis e ainda alimentar a esperança de continuar o mesmo caminho fora das grades.

É o caso de André Ferreira, que está cumprindo pena há 5 anos e 8 meses. Além de se sentir ocupado na prisão, o serviço para ele é um caminho para a mudança de vida.

E os detentos que trabalham, conquistam também o direito a três quartos de salário; parte do dinheiro é enviado para a família e outra vai sendo juntada para ser usada quando a liberdade chegar.

Presídios de Itajubá e SRS

A unidade prisional de Itajubá possui duas frentes de trabalho. Uma padaria, que funciona 24 horas em três turnos, fabrica 2.800 pães por dia. Um preso atua em cada horário. Os pães são consumidos nos Presídios de Itajubá e Santa Rita do Sapucaí.

Foto: Sejusp

Há também um trabalho para a empresa Bolsa Maternidade Grão de Gente, que fabrica bolsas para material de bebê. Lá trabalham 65 presos, que produzem cerca de 200 peças por dia.

Foto: Sejusp

Enquanto isso, na unidade feminina do presídio de Santa Rita do Sapucaí, nove detentas fabricam produtos de telecomunicações e segurança. Os itens são produzidos sob demanda. Enquanto isso, dez presas trabalham na fabricação de peças, também de telecomunicações.

Foto: Sejusp

Nas duas unidades, o trabalho é de segunda a sexta-feira, no horário comercial, com exceção da padaria. Eles também têm remição de pena (um dia a menos na pena, para cada três dias de trabalho) e são remunerados (3/4 do salário mínimo).