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Acusado de matar homem com 16 tiros é condenado a 16 anos de prisão em Pouso Alegre

Outros dois homens eram acusados de participação no crime, um pegou 5 anos de condenação e o outro foi absolvido. O júri popular terminou na madrugada desta sexta (14/10).

Magson Gomes / 14 outubro 2022

Acusado de matar homem com 16 tiros é condenado a 15 anos de prisão em Pouso Alegre. Imagem: cedida ao Terra do Mandu

A justiça condenou dois, dos três homens, acusados do assassinato de Antônio Falcão da Cunha, de 23 anos. O crime ocorreu em setembro de 2020, no bairro Cidade Jardim, em Pouso Alegre. A vítima foi morta com 16 tiros. A motivação foi ciúmes.

O julgamento dos acusados foi encerrado já na madrugada desta sexta-feira (14/10), através de júri popular, realizado no Salão do Júri, no Fórum de Pouso Alegre.

O principal acusado, Daniel Costa Pontes, de 24 anos, foi condenado a 16 anos e 4 meses de prisão pelos crimes de tentativa de homicídio e homicídio qualificado. O acusado Igor César Inácio Vieira, de 21 anos, foi condenado em cinco anos por participação no homicídio.

Já o acusado Jeferson Rodolfo Andrade foi absolvido das acusações de participação no homicídio. Os três acusados já estavam presos. Com isso, Daniel tem mais 15 anos da condenação e Igor já progrediu para o regime aberto, podendo recorrer em liberdade.

Relembre o caso

Antônio Falcão da Cunha foi morto no dia 6 de setembro de 2020, dentro da casa de um amigo, no bairro Cidade Jardim. Segundo a investigação da Polícia Civil, a motivação foi ciúmes. Daniel era ex-namorado da então namorada de Daniel Pontes e tinha um filho com a jovem.

Na noite do crime, os dois condenados ficaram na frente da casa onde estava a vítima, esperando o momento para agir. Quando Antônio Falcão foi sair, Daniel teria partido para cima dele já com a arma em punho. Antônio voltou para dentro da casa, mas foi alvejado com os disparos.

A denúncia apresentada na justiça, o Ministério Público afirma que a iniciativa para matar Antônio partiu de Daniel, que já tinha feito ameaças e dado tiros contra a casa da vítima.

Ainda conforme o promotor de justiça, o crime foi premeditado, com uma emboscada feita para assassinar Antônio, com a ajuda dos comparsas. Durante sua fala no julgamento, o promotor afirmou que a vítima havia pedido para o réu não fazer nenhum mal para o filho que ele tinha com a ex.

O Ministério Público ainda argumenta que a alegação do réu de que a vítima faria parte de uma organização criminosa e que também o teria ameaçado não se sustenta pelos depoimentos colhidos ao longo da investigação e do julgamento.

Os acusados responderam por crimes de homicídio, por motivo fútil, meio cruel e emboscada. Todos eles estavam presos desde o ano passado, após o fim das investigações feitas pela Polícia Civil.

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