O dia das mães de 2022 deve marcar o retorno do aumento das vendas do comércio em Minas Gerais, após o recuo da pandemia. A data que tem forte apelo afetivo, é a segunda em maior índice de vendas, atrás apenas do Natal. O valor do presente para as mães depende do bolso do consumidor, mas, a expectativa dos lojistas do estado é que seja em média de R$ 100. O dado é da pesquisa da Fecomércio Minas. E no setor de restaurantes a estimativa também é de aumento de faturamento. E quando o assunto é o tipo de presente, uma enquete do Terra do Mandu aponta que a principal escolha será de roupas e calçados.

“Cerca de 86% dos empresários abordados na pesquisa realizada pela Fecomércio-MG esperam por vendas maiores frente às observadas em 2021. A Fecomércio estima que serão injetados em MG em decorrência da data, R$ 1,32 bi e esse movimento deve ser observado de forma mais significativa em segmentos como livrarias, móveis e eletrodomésticos, utilidades domésticas e itens de vestuários e calçados.” A análise é do economista da Fecomércio, Guilherme Almeida.

O setor estima que a flexibilização da pandemia ajude a melhorar as vendas nesta data, que nos dois anos anteriores, teve reduzida em massa as reuniões familiares, por motivos de segurança e saúde pública. “O empresário vai para essa data com otimismo, principalmente porque nós passamos por um momento de arrefecimento do cenário da pandemia, então, a circulação de clientes, de consumidores nos estabelecimentos comerciais tende a aumentar e naturalmente existem aí ações que esses empresários estão adotando para atrair a atenção desse consumidor. Seja por meio de ações promocionais, descontos nos preços, visibilidade na vitrine ou uma forma de atendimento diferenciada visando captar a atenção desse consumidor e realizar as suas vendas.”

Consumidores do Sul de Minas e os presentes para a data

O Terra do Mandu fez uma enquete no Instagram para saber o perfil dos presentes neste dia das mães. Duas perguntas foram respondidas por 250 pessoas. Sobre o tipo de presente, 37% querem comprar roupas e calçados, 34% produtos de beleza, 15% responderam eletrodomésticos ou produtos para casa e 14% preferem celular e itens de tecnologia. Em relação ao valor do presente, a maioria respondeu que vai gastar em média R$ 50, o que corresponde a 33%, enquanto 24% preferem até R$ 100, 20% vai comprar presente acima desse valor e 23% acima de R$ 250.

Já para os lojistas a perspectiva é diferente. “O ticket médio esperado para o período é de cerca de R$ 100 para 47% dos empresários e pouco mais de R$ 100 para 30% desses empresários abordados no levantamento.”

A data auxilia o giro de estoque para empresas, “movimenta o comércio para manter suas atividades operacionais, mas, existem naturalmente alguns obstáculos que devem ser enfrentados, principalmente sob a ótica do consumidor. Hoje nós temos uma pressão sobre o nível de preços, traduzido numa inflação elevada, um aumento da taxa de juros que tende a encarecer o crédito e o desemprego em nível de patamar elevado que pode reduzir o apetite desse consumidor e frear certos gastos por parte das famílias”, cita o economista.

Mãe merece descanso da cozinha

No dia das mães é comum famílias se reunirem para almoçar com a mãe. Mas, há quem prefira que a mãe descanse da cozinha e desfrute do dia especial. Por isso, o setor de restaurantes estima faturamento 20% maior nesta data em relação a 2019 no Sul de Minas, último ano em que a data foi celebrada nos restaurantes, informa André Yuki, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) na região.

“Para o setor de alimentação fora do lar no primeiro semestre do ano, esse será um momento de maior otimismo devido aos encontros presenciais voltando à tona”, explicou André Yuki. “A procura do consumidor tem como preferência os restaurantes familiares ou tradicionais, com espaço kids para as crianças”, completou.

Para o setor, a data perde apenas para o dia dos namorados. Neste ano os restaurantes também já seguem abertos como as demais categorias, sem restrições, após as melhorias dos índices da pandemia e flexibilização de medidas restritivas.