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VÍDEO: Prefeito de Cachoeira de Minas interrompe sessão e se altera com vereadores

Prefeito Dirceu D'Angelo acabou interrompendo secretária que estava prestando esclarecimentos; Câmara votará denúncia apresentada

Iago Almeida / 04 abril 2022

A Câmara Municipal de Cachoeira de Minas votará nesta terça-feira (05/04), às 19h, uma denúncia apresentada contra o prefeito Dirceu D’Angelo de Faria, após receber um documento de um eleitor questionando uma ação do chefe do Executivo. O caso acontece após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando o prefeito interrompendo uma sessão extraordinária na Câmara Municipal, no dia 24 de março, e se alterando com vereadores.

Na reunião, os vereadores receberam a Secretária Municipal de Turismo, Cultura, Esporte e Lazer, Vera Lúcia Costa e Silva, que estava prestando esclarecimentos sobre a criação de cargos e vagas da secretaria. Entretanto, segundo a Câmara, a secretária também respondeu questionamentos sobre outros assuntos, uma vez que ela está representando outras secretarias do Executivo.

Foi justamente em um momento em que a secretária respondia algumas declarações que o prefeito interrompeu a sessão e começou a indagar os vereadores sobre a convocação dos secretários. Confira o momento no vídeo:

Além dela, foram convidados para a sessão os representantes das secretarias de administração e finanças, da educação, da saúde e de obras. A reportagem entrou em contato com o prefeito municipal, Dirceu D’Angelo de Faria, que não retornou.

De acordo com a presidente da Câmara, Ciomara do Prado Oliveira Sena, caso a denúncia seja aceita, haverá a abertura do processo de cassação, quando serão sorteados 3 vereadores pra formação de uma comissão que dará início ao processo. O Prefeito terá direito de defesa e testemunha e no prazo de 90 dias a Câmara tem que finalizar o processo.

O que pede o documento?

No documento, que foi enviado à presidente da Câmara de Cachoeira de Minas, Ciomara do Prado, o eleitor José Roberto Dionísio apresentou a denúncia sobre a situação envolvendo o prefeito e pediu o afastamento do mesmo do cargo de chefe do Executivo. Vale destacar que José Roberto é ex-vereador e suplente na atual legislatura pelo partido Solidariedade.

“Foi bem nítido que o Sr. prefeito usou de seu poder, sem ser autorizado ou ao menos convocado, gritando e obrigando a paralisação da mesma (sessão extraordinária do dia 24 de março), afirmando que a Câmara não estava seguindo o regimento interno e ainda proferiu ofensas contra os vereadores e à democracia, dizendo que aquilo era uma palhaçada”, disse.

“No vídeo que circulou pelas redes sociais, estava visivelmente que o mesmo (prefeito) invadiu a sessão alterado, causando constrangimentos a todos os vereadores ao qual ocasionou a paralisação da sessão. Além de tudo, apesar do Sr. prefeito ter editado decreto determinando o uso obrigatório de máscaras, ele próprio estava sem máscara facial, causando o risco de contágio do coronavirus nos presentes”, completou.

Assim, o documento cita que o caso se enquadra em infrações político-administrativas, afirmando que o prefeito impediu o funcionamento regular da Câmara e procedeu de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo.

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