Circular Expresso Planalto, no Centro de Pouso Alegre.

O reajuste do diesel completa uma semana e com impacto direto nos custos do transporte coletivo. Segundo a Viação Expresso Planalto, que faz o transporte coletivo em Pouso Alegre, o combustível corresponde a 30% nas despesas do serviço oferecido à população. O valor atual da tarifa do transporte na cidade é de R$ 3,80.

A Petrobras reajustou em 24,9% o preço médio de venda do diesel nas distribuidoras, em 11 de março. O valor subiu de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro. A Planalto informou que o preço do diesel já aumentou 60% desde o último reajuste da tarifa de transporte coletivo, em 2019. “Isso tem impactado bastante a empresa de transporte que, mesmo assim, mantém suas operação funcionando em plenitude para atender a população Pouso Alegrense”, informou a empresa em nota à redação do Terra do Mandu. A Planalto assumiu o serviço em Pouso Alegre em abril do mesmo ano.

Subsídio repassado à empresa reduziu valor da tarifa

Até julho de 2021, os passageiros pagavam R$ 3,90 na tarifa urbana, valor aprovado em reajuste em dezembro de 2018. O valor foi reduzido para R$ 3,80 após subsídio aprovado pela prefeitura. Dessa forma, segundo a prefeitura anunciou na época, os passageiros não sofreriam os impactos causados pela pandemia ao setor.

O Fundo Municipal de Transportes foi criado com a aprovação de projeto de lei em 19 de julho de 2021, pela Câmara Municipal. Com subsídio de R$ 3,6 milhões para o transporte público do município, até dezembro de 2021. O intuito era a compensação do déficit tarifário anunciado pela Expresso Planalto. Com as restrições de circulação de pessoas no município durante longo período da pandemia, o transporte coletivo foi impactado e até reduziu linhas em operação

“É importante lembrarmos que o edital do transporte público prevê revisão tarifária anual em dezembro”, cita nota da empresa. Ela se refere ao edital da prefeitura para licitação do transporte coletivo. “Em Dezembro de 2020 não houve reajuste por prerrogativa do poder público para não impactar o orçamento familiar que já estava tão comprometido devido a pandemia do COVID-19”, cita nota da Planalto.