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Pouso Alegre tem o maior aumento de moradores entre as cidades do Sul de Minas, aponta IBGE

Segundo estimativa da população, cidade chegou a 154.293 habitantes, um crescimento de 1,14% em um ano.

Magson Gomes / 27 agosto 2021

A população de Pouso Alegre chegou a 154.293 em 2021, segundo nova estimativa divulgada nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representa um crescimento de 1,14% na comparação com o número de habitantes de 2020. São 1.744 novos moradores no município.

A estimativa se refere a 1° de julho de 2021 e foi publicada no “Diário Oficial da União” de hoje. A publicação é um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para o cálculo do Fundo de Participação de Estados e Municípios, além de referência para indicadores sociais, econômicos e demográficos.

Na região

Poços de Caldas se mantém como a maior cidade do Sul de Minas, com 169.838 pessoas, sendo 1.198 a mais em relação aos 168.641 habitantes de 2020, um aumento de 0,70%.

Varginha chegou a uma população de 137.608 pessoas, um crescimento de 0,73% em relação aos 136.602 moradores do ano anterior e continua como a terceira maior cidade da região.

Segundo as estimativas de população, o Brasil contava com 213,3 milhões de habitantes, distribuídos pelos 5.570 municípios que compõem as 27 Unidades da Federação, com um acréscimo populacional de 0,74% em relação ao ano anterior.

Em Minas Gerais, essa população estimada foi de 21,4 milhões de habitantes, distribuídos pelos 853 municípios do estado. Minas Gerais contém 10,0% da população residente no Brasil e é o segundo estado mais populoso do país, atrás apenas de São Paulo.

Concentração da população nos grandes municípios

Conforme tendência delineada nas populações recenseadas em 2000 e 2010, em 2021 pouco mais da metade da população brasileira (57,7% ou 123,0 milhões de habitantes) concentra-se em apenas 5,8% dos municípios (326 municípios), que são aqueles com mais de 100 mil habitantes. Em Minas Gerais, 50,2% da população do estado está concentrada em 42 municípios (4,9% do total de municípios), sendo que apenas 33 desses municípios tem mais de 100 mil habitantes.

Por outro lado, a maior parte dos municípios brasileiros (67,7%, ou 3.770 municípios) possuem menos de 20 mil habitantes, e concentram apenas 14,8% da população de todo o País (31,6 milhões de habitantes). Em Minas Gerais, essa dispersão se apresenta da seguinte forma: 664 municípios (77,8% do total) têm população de até 20 mil habitantes, perfazendo quase 1/4 da população do estado (24,1%).

Municípios mais e menos populosos

Em Minas Gerais, além da capital Belo Horizonte com 2.530.701 habitantes (6ª capital do país), apenas 3 municípios possuem mais de 500 mil habitantes: Uberlândia (706.597), Contagem (673.849) e Juiz de Fora (577.532). Já a Região Metropolitana de Belo Horizonte2 tem 6,0 milhões de habitantes e é a terceira maior do país.

Entre os municípios menos populosos, Serra da Saudade é o município com a menor população do estado e do país, 771 habitantes. Além deste município, há mais quatro municípios com população inferior a 1.500 habitantes: Cedro do Abaeté (1.150), Grupiara (1.386), Senador José Bento (1.422), São Sebastião do Rio Preto (1.478)

Metodologia

As populações dos municípios foram estimadas por método matemático e são o resultado da distribuição das populações dos estados, projetadas por métodos demográficos, entre seus diversos munícipios. O método baseia-se na população estadual projetada e na tendência de crescimento dos municípios, delineada pelas populações municipais captadas nos dois últimos Censos Demográficos (2000 e 2010) e ajustadas.

Dessa forma, as Estimativas Municipais são resultantes de parâmetros determinados, cuja fonte principal é o Censo Demográfico, sendo que o último Censo Demográfico ocorreu em 2010 e o próximo ocorrerá em 2022.

Efeitos da Pandemia no efetivo populacional

A pandemia da COVID-19 trouxe uma série de grandes desafios na sociedade, dando destaque às informações estatísticas como ferramenta para subsidiar decisões do poder público.

Os números da pandemia certamente têm implicações na população. Dados preliminares do Registro Civil e do Ministério da Saúde apontam para um excesso de mortes e uma diminuição dos nascimentos, além do esperado.

Contudo, como a pandemia ainda está em curso e devido à ausência de novos dados a respeito da migração, que juntamente com a mortalidade e fecundidade constituem as chamadas componentes da dinâmica demográfica, ainda não foi elaborada uma Projeção da População para os Estados e Distrito Federal que incorpore os efeitos do contexto sanitário atual na população.

O próximo Censo Demográfico, que será realizado no próximo ano, trará não somente uma atualização dos contingentes populacionais, como também subsidiará as futuras Projeções, fundamentais para compreender as implicações da pandemia sobre a população, não somente no curto, mas também no médio e longo prazo.

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