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Governo do Estado autoriza volta às aulas presenciais no Sul de Minas

Comitê Covid-19 autorizou o retorno das atividades na onda vermelha, exceto para as macrorregiões que estão em Cenário Epidemiológico e Assistencial Desfavorável.

Gabriella Starneck / 01 julho 2021

O Comitê Extraordinário Covid-19 aprovou, nesta quinta-feira, 1º de julho, a volta às aulas presenciais na rede estadual de ensino para cidades que estiverem na onda vermelha do Minas Consciente. O retorno das atividades apenas não será permitido na onda roxa e nas macrorregiões na onda vermelha que se enquadram no Cenário Epidemiológico e Assistencial Desfavorável.

Conforme a última deliberação, o Sul de Minas se encontra na fase vermelha, assim como as macrorregiões Centro, Centro-Sul, Jequitinhonha, Leste, Leste do Sul, Nordeste, Noroeste, Norte, Oeste, Triângulo do Norte, Triângulo do Sul. Dessas, somente a Leste do Sul será mantida na categoria Cenário Epidemiológico e Assistencial Desfavorável e, por isso, a volta às aulas não será permitida. Já Sudeste e Vale do Aço deverão permanecer na onda amarela.

De acordo com o Governo de Minas, a decisão foi tomada após uma análise criteriosa dos dados relacionados à pandemia. Segundo informações apresentadas no Comitê Covid-19, a incidência da doença em Minas Gerais reduziu 22% nos últimos 14 dias e 9% na última semana. Já o número de solicitações de internações diminuiu 22,64% no estado. A secretária de Estado de Educação, Julia Sant´Anna, que também participou da reunião, destacou que a rede estadual de ensino está preparada para o retorno das atividades.

“Os dados que temos atualmente nos dão segurança para essa volta. Vamos intensificar ainda mais os cuidados levando em conta esse possível aumento de alunos nas salas. No sistema estadual, nas últimas duas semanas, desde que iniciamos uma volta gradual, os resultados são satisfatórios. Somente nos primeiros sete dias contabilizamos 81 unidades escolares e cinco mil estudantes. E foram poucos os incidentes relacionados à doença, mas todos acompanhados de perto e todo apoio foi dado”, enfatizou.

Volta às aulas está prevista para 12 de julho

O retorno das atividades presenciais nos municípios que estão na onda vermelha, no cenário favorável, está previsto para o dia 12 de julho para alunos do ensino fundamental – 1º ano ao 5º ano. A volta às aulas será gradual, em sistema híbrido, sendo que alunos e responsáveis terão autonomia para decidir se participam ou não das atividades na escola. Além disso, todas as escolas terão que aplicar um checklist  para o cumprimento dos protocolos sanitários, como distanciamento, limpeza do local e disponibilização de itens de proteção individual, limpeza e higiene.

“No modelo de ensino híbrido implementado pela Secretaria de Estado de Educação (SEE/MG), há alternância entre o atendimento presencial e o remoto. Em uma semana os estudantes participam de atividades na escola e na semana seguinte, as unidades de ensino não têm atividades presenciais e os professores fazem o atendimento pelo aplicativo Conexão Escola. Já na outra semana, as atividades voltam a ser presenciais e assim por diante”, diz a nota da Secretaria de Estado de Educação.

Retorno das aulas em Pouso Alegre

A Superintendência Regional de Ensino de Pouso Alegre informou ao Terra do Mandu que aguarda as orientações da Secretaria de Estado de Ensino e, que até agora, não há nada definido. Já o coordenador do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE), Luiz Carlos da Silva, afirmou que embora ainda não haja uma definição para o município, o sindicato acredita que o retorno das ativadas será permitido. 

“Aqui em Pouso Alegre nós ainda não temos uma definição. Estamos na onda vermelha, mas a autoridade municipal já autorizou o retorno na rede particular e municipal. Então nós entendemos, que pela mesma lógica, autorizará o retorno da rede estadual também. Porque uma das situações colocadas pelo Comitê de gestão da Covid aqui em Minas é que nos municípios de onda vermelha onde há alguma situação específica de contaminação, transmissão e mortes, não haverá retorno. E também quando houver decreto do prefeito”, explica Luiz Carlos.

Sindicato é contra retorno das aulas

O Sindicato afirma que, neste momento, é contrário ao retorno das aulas presenciais na rede estadual de ensino devido à pandemia da Covid-19. “Nós entendemos que a crise sanitária ainda está grave em nossa região, em nosso país, e a prioridade pra nós sempre será o salvamento de vidas. Nós queremos, neste momento, reafirmar o nosso compromisso de que vamos lutar com todas as forças, com todas as armas, para que a vida não só dos professores, mas dos alunos e seus familiares seja preservada ”, afirma Luiz Carlos da Silva.

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