Economia

Receita Federal e PM fazem operação contra importação ilegal de mercadorias

Nova fase da ‘Operação Oriente’, iniciada em 2019, acontece nesta quarta (16), em Pouso Alegre.

Magson Gomes / 16 junho 2021

Receita Federal e PM fazem operação em Pouso Alegre. Foto: Receita Federal

A Receita Federal e a Polícia Militar de Minas Gerais fazem uma operação em Pouso Alegre, nesta quarta-feira (16), com o objetivo de combater o comércio de produtos importados de forma irregular.  A nova fase da ‘Operação Oriente’, concentrou em lojas do centro da cidade, algumas delas na Avenida Dr. Lisboa, que vendem produtos vindos de países asiáticos.

Cerca de 35 auditores-fiscais, analistas e servidores administrativos da Receita Federal, além de 28 policiais militares, participam da operação.

A operação foi denominada de “Oriente” tendo em vista que grande parte das mercadorias apreendidas são provenientes da Ásia Oriental. Trata-se de uma operação contínua que começou em Poços de Caldas, no final de 2019.

Combate à Concorrência desleal

O delegado da Receita Federal em Varginha, auditor-fiscal Michel Lopes Teodoro explica que “as empresas que são alvo da operação estão importando mercadorias de forma irregular, prejudicando os demais empresários do setor. Principalmente nesse período de pandemia em que os comerciantes enfrentam grandes dificuldades, essa concorrência desleal prejudica os empresários que pagam seus impostos em dia, inclusive, gerando desemprego na região. Os principais beneficiados com essa operação são as empresas que importam seus produtos de forma regular”, afirma o delegado da Receita Federal.

Além disso, a Receita Federal alerta que as referidas empresas não estão cumprindo corretamente suas obrigações, inclusive, oferecendo produtos com um valor menor no mercado, prejudicando o comércio local.

Com operações como esta, a Receita Federal evita a circulação, em território nacional, de produtos potencialmente nocivos à saúde e ao meio ambiente, que não se submeteram aos procedimentos de segurança, qualidade e avaliação de conformidade de órgãos reguladores, podendo, inclusive, conter substâncias tóxicas, de uso proibido no país. Além disso, essa operação tem o viés de inibir a venda de produtos pirateados como se fossem originais, lesando os consumidores.

Resultados

Até o momento, foram apreendidos aproximadamente R$1 milhão em mercadorias importadas irregularmente, tais como brinquedos, equipamentos eletrônicos, bijuterias, artigos de vestuário, acessórios, entre outros. As mercadorias apreendidas poderão ter a pena de perdimento decretada, a menos que sejam apresentadas as notas fiscais relativas aos produtos.

Os contribuintes fiscalizados sofrerão representação perante o Ministério Público e poderão responder pelo crime de descaminho, ou seja, pela comercialização de produtos estrangeiros que entraram no país sem o devido recolhimento de impostos. Em caso de condenação, a pena prevista no Código Penal é de 1 a 4 anos de reclusão.


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