Economia

Cesta básica tem alta de quase 6% em Pouso Alegre, aponta pesquisa do Unis

Levantamento se baseia na coleta de preços dos 13 produtos que compõem a cesta básica, seguindo a metodologia do DIEESE a nível nacional.

Gabriella Starneck / 10 maio 2021

Uma pesquisa realizada pelo departamento de pesquisa da Faculdade Unis aponta que a cesta básica teve alta de 5,98%, na comparação entre abril e maio, em Pouso Alegre. O levantamento se baseia na coleta de preços dos 13 produtos que compõem a cesta básica nacional, seguindo a metodologia do DIEESE a nível nacional.

De acordo com a pesquisa, no mês de maio, o valor médio da cesta básica nacional em Pouso Alegre é de R$ 527,93, o que corresponde a 51,89% do salário mínimo líquido. Dessa forma, o trabalhador que recebe o piso nacional precisa trabalhar 105 horas e 35 minutos por mês para poder adquirir essa cesta.

Porém, é importante destacar que o levantamento inclui alimentos que são considerados básicos para o sustento de uma pessoa adulta: carne bovina, leite integral, feijão, arroz, farinha de trigo, legumes, pão francês, café, frutas, açúcar refinado, óleo de soja e manteiga.

Cesta básica tem alta de 5,98%

Segundo o professor e pesquisador do Centro Universitário do Unis Pedro dos Santos, dos 13 produtos pesquisados, sete apresentaram elevação dos preços, com destaque para o tomate, a batata e a carne bovina.

“Com relação ao tomate e a batata, nós podemos explicar esse aumento dos preços pelo fato que eles se encontram no período entre safra”, afirma o pesquisador. Já a carne bovina, segundo ele, teve uma elevação por causa de três fatores: demanda externa pela carne bovina brasileira; taxa de câmbio desvalorizada; além da pouca disponibilidade de animais para abate no campo.

Outros seis produtos tiveram quedas nos preços, mas não de forma significativa – com exceção do arroz. Pedro dos Santos explica que o grão teve uma queda em função da colheita 2020/2021, que aumentou a disponibilidade do produto e, consequentemente, diminuiu o preço.

“Há de se esperar que isso possa continuar nos próximos meses, principalmente se houver também um aquecimento da demanda interna. Por isso é muito importante para as famílias pesquisaram bastante os preços dos supermercados para que possam diminuir um pouco esse impacto que está acontecendo no preço dos alimentos no orçamento doméstico”, destaca o professor.

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