Sem apresentar ‘uma queda sustentada na taxa de óbitos e de ocupação em leitos de UTI’, Minas Gerais irá continuar em onda roxa até o dia 11 de abril. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (31) pelo Comitê Extraordinário Covid-19 – grupo que se reúne semanalmente para avaliar a evolução da pandemia no estado.
A única região de Minas que deixa a onda roxa e volta para a onda vermelha é a macrorregião de Saúde Triângulo do Norte, que apresentou melhora em todos os indicadores relacionados à covid-19. Essa foi primeira região a ser inserida na fase mais restritiva do plano e que ficou 30 dias com apenas o comércio essencial funcionando.
Durante a reunião que prorrogou a onda roxa para o restante do estado, o governador Romeu Zema destacou que o momento ainda é difícil e pede cautela para preservar vidas.
“Tivemos mais uma semana de recorde, tanto no Brasil quanto em Minas. Infelizmente, os números de óbitos e a taxa de ocupação de leitos está subindo na maior parte das regiões. Seguimos com os esforços para ampliar leitos, apesar da falta de recursos, principalmente humanos, e, mais recentemente, de insumos. Contamos com o apoio da população para superarmos essa fase o quanto antes”, afirmou.
Aumento de casos em Minas
Na última semana, Minas Gerais apresentou aumento de 6,9% no número de casos e de 8,1% nos óbitos. A incidência da doença cresceu 20% nos últimos 7 dias e 41% em 14 dias.
A positividade atualmente é de 43%, o que significa que esse é o percentual de resultados positivos para covid-19 entre pacientes com sintomas gripais.
A incidência da doença também vem aumentando em cidades com menos de 30 mil habitantes. Atualmente, são apenas 93 municípios desse porte com menos de 50 casos a cada 100 mil habitantes nos últimos 14 dias. Na última semana, o número era de 141.