Uma pesquisa realizada pelo departamento de pesquisa da Faculdade Unis aponta que a cesta básica em Pouso Alegre custa quase 50% do salário mínimo. De acordo com o levantamento, o valor é de R$ 505,24 no município, o que corresponde a 49,92% do piso nacional líquido.
Segundo o vice-diretor da Faculdade Unis Pouso Alegre, Maílson Alan de Godoi, a pesquisa leva em consideração um decreto de 30 de abril de 1938, que regulamentou o salario mínimo no Brasil, e também definiu quais são os alimentos básicos para um trabalhador: carne bovina, leite integral, feijão, arroz, farinha de trigo, batata, legumes, pão francês, café, frutas, açúcar refinado, óleo de soja e manteiga.
“Eu acho que a primeira impressão da pessoa quando ouve que uma cesta básica está mais de R$ 500 é comparar com aquela cesta básica comum de supermercado, que é mais barata. Mas essa cesta básica [da pesquisa] é mais completa, porque parte de um dado de nutrição e de uma dieta balanceada”, explica Godoi.
O levantamento, que segue a metodologia do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Diese), também revela que o cidadão precisar trabalhar 101 horas e 3 minutos por mês para conseguir adquirir a cesta básica mais completa.
Alta dos preços
O vice-diretor da faculdade afirma que o valor da cesta básica é elevado, e que a pandemia contribuiu para essa alta devido à inflação. “Considerando o peso na cesta básica, a carne bovina é a campeã, até mesmo pelo seu alto preço nos últimos tempos. Em segundo vem o pão francês, terceiro legumes, quarto feijão”, pontua.
Segundo Godoi, o consumidor pode economizar ao pesquisar o preço dos alimentos em mais de um estabelecimento. “É muito importante acompanhar os preços em cada supermercado. Pode ser que encontre uma coisa mais barata em um, uma coisa mais barata em outro”, destaca o vice-diretor.